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Polícia

Foragido que matou desafeto a pedradas e mudou de nome para não ser localizado é preso após 24 anos em AL


Um homem, de 50 anos, com deficiência, ex-detento do sistema prisional e procurado há 24 anos por matar desafeto a pedradas em Junqueiro, foi localizado e preso no final da tarde dessa terça-feira (29) em uma vila de casas no bairro Chã do Pilar, em Pilar, Região Metropolitana de Maceió.

A ação policial foi realizada pelo Núcleo de Investigação Especial (Niesp) da Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC), coordenado pelo Delegado Sidney Tenório. Segundo informações repassadas à reportagem, os agentes chegaram a buscar o alvo em cidades do estado de Sergipe, onde o suspeito teria vivido, mas as diligências foram redirecionadas para Alagoas, com várias buscas em cidades próximas a Maceió.

"Trabalhamos nesse caso por três meses. Foi uma investigação complexa, pois descobrimos que o suspeito havia mudado seu nome, mantendo duas identidades, o que dificultou sua localização. Ele foi preso duas vezes em Maceió, por tráfico de drogas e violência doméstica, sem que se descobrisse que, em 2000, havia cometido homicídio em Junqueiro", detalhou o delegado Sidney Tenório.

Ainda segundo o delegado, após a prisão, o acusado negou ter envolvimento no crime,alegando não ser a pessoa procurada. No entanto, já havia provas suficientes a respeito da sua dupla identidade. Além disso, com os dados técnicos do serviço de papiloscopia do Instituto de Identificação de Alagoas, foi possível comparar as digitais com a ficha cadastral de 1998, vinculada à sua primeira identidade.

Ainda segundo informações da polícia, o suspeito vivia sozinho desde 2013 e recebia benefícios do governo federal devido à amputação. No momento da prisão, ele afirmou ser usuário de drogas e preferir viver isolado.

O acusado foi transferido para o CISP de Pilar e, posteriormente, transferido para a Central de Flagrantes, onde aguarda audiência de custódia pela Comarca de Junqueiro.

O crime

Em 7 de novembro de 2000, por volta das 23h, o capturado e um comparsa atraíram a vítima, Arlan Odalio da Silva Bastos, para Junqueiro com a intenção de matá-la. Durante uma sessão de consumo de drogas e álcool, levaram a vítima para um beco conhecido como "Beco da Coreia", atrás do cemitério, onde o capturado a imobilizou com um golpe de "gravata". Após a vítima desmaiar, foi brutalmente atingida por pedradas na cabeça.

Os criminosos deixaram a vítima agonizando e voltaram ao bar, mas, uma hora depois, retornaram ao local e perceberam que a vítima ainda estava viva. O capturado então a golpeou novamente, desta vez no pescoço, causando sua morte. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o suspeito chegou a apagar um cigarro de maconha no sangue da vítima na segunda visita ao local do crime.

Após o crime, seu comparsa foi preso e encaminhado ao sistema prisional, enquanto o capturado fugiu para Sergipe, onde permaneceu foragido por 24 anos. Ele viveu na clandestinidade, mudando de identidade duas vezes até ser localizado e preso pelo Niesp.


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