O déficit das contas externas do Brasil em setembro foi de US$ 6,5 bilhões, segundo as Estatísticas do Setor Externo, divulgadas nesta terça-feira (29) pelo Banco Central. Em 12 meses, o resultado negativo se aproxima de US$ 46 bilhões.
Entre outros fatores, entra nessa conta a balança comercial, exportações menos importações, que em setembro ficou positiva em US$ 4,8 bilhões, resultado do aumento das importações. Em setembro do ano passado, a balança tinha ficado em mais de US$ 8 bilhões.
A contratação de serviços, como transporte e telecomunicação, fechou com déficit de US$ 5 bilhões no mês passado.
O aumento de importações e de serviços está relacionado com o aquecimento da economia, explica o economista Newton Marques, do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal.
"O aumento de exportações mostra que a economia está aquecida e um dos motivos que tem mostrado essa dinâmica da atividade econômica, este ano, é o setor industrial. Como o setor agropecuário desacelerou, o setor industrial acelerou e isso tá compensando. E é muito importante, porque é um setor dinâmico da economia".
O documento do Banco Central também mostra que o investimento direto no país feito por empresas estrangeiras chegou a US$ 70 bilhões em 12 meses até setembro.
E as despesas com viagens ao exterior aumentaram 16%, para US$ 783 milhões no mês passado. Os brasileiros gastaram US$ 1,3 bilhão lá fora, enquanto os estrangeiros deixaram US$ 500 milhões aqui.
Agência Brasil