Acusado de matar a esposa em julho de 2022, o réu Alison José Bezerra da Silva vai a júri popular nesta terça-feira (06). O julgamento será conduzido pelo juiz Yulli Roter, com início previsto para às 8h no Fórum da Capital.
A vítima, a advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, foi morta a facadas, no bairro do Antares. De acordo com os autos, Alison e a mulher teriam um relacionamento conturbado. Devido ao ciúme extremo do marido, ele mantinha um sistema de câmeras em casa, para vigiar a esposa, segundo o que apurou o Ministério Público (MP/AL).
Ao ser interrogado, o réu confirmou ter matado a mulher, mas disse que não se lembrava como. Afirmou ainda que as câmeras foram instaladas em casa não para vigiar a esposa, mas para monitorar os filhos.
Alison Bezerra será julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio).
Após matar a esposa dentro de casa, Alisson tentou se matar com uma facada no pescoço e outra no tórax, mas foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), submetido a cirurgia e sobreviveu. Após receber alta médica, foi levado para o presídio. De acordo com a perícia, a advogada de 54 anos foi atingida por 14 facadas, no pescoço, tórax, seios e abdômen. Alison Bezerra utilizou duas facas para cometer o crime e tentar suicídio.
Na manhã do crime, o denunciado ligou para familiares, dizendo que cometeria suicídio, mas quando se foi verificar dentro da casa, a vítima já estava morta com diversas marcas de golpes de faca pelo corpo, enquanto o denunciado estava com um ferimento no pescoço, em virtude de tentar se suicidar depois de ter matado a vítima.
Segundo o juiz, o denunciado e a vítima tinham um relacionamento envolto em ciúmes extremos por parte do denunciado, o qual mantinha um sistema de câmeras em casa, a fim de monitorar a vítima constantemente.