A voz e o som do berimbau de Naná Vasconcelos o fizeram um dos grandes mestres da música brasileira.
Pernambucano do Recife, Juvenal de Holanda Vasconcelos, o Naná, faria 80 anos no próximo 02 de agosto.
A partir desta quinta-feira, 18, a história do menino que aprendeu a tocar com o pai e que levou a percussão brasileira para os principais palcos e orquestras do mundo, vai poder ser conhecida na Ocupação Naná Vasconcelos, no Itaú Cultural, na avenida Paulista. Mais de 80 itens, entre fotografias, documentos, entrevistas, objetos e instrumentos estão na exposição.
Com o seu berimbau, Naná Vasconcelos fez nascer um som que ninguém ousou criar. Ele era capaz de transformar o inesperado em canção, fosse por meio de um objeto ou do próprio corpo.
A pernambucana Galiana Brasil cresceu vendo Naná reger os maracatus na abertura dos carnavais do Recife. Para a gestora do núcleo de curadorias do Itaú Cultural, é essa capacidade inventiva que levou o músico a fazer nome e fama pelos palcos do mundo.
Neste próximo final de semana, dois shows no Sesc Pompeia também vão celebrar legado do multiartista, ganhador do Grammy Latino em 2011. A cantora baiana Virgínia Rodrigues, que participa dos shows, lembra o quão singular é a obra e a figura de Naná para a música brasileira, ressaltando a importância dos sons que ele criou com sua voz e com os instrumentos percussivos.
A parceria foi um elemento fundamental da trajetória de Naná. Ele criou, gravou e performou com grandes nomes da música, como Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo e Itamar Assumpção.
Quem quiser visitar a Ocupação Naná Vasconcelos, a exposição fica em cartaz no Itaú Cultural, na cidade de São Paulo, ate 27 de outubro.
Fonte: Agência Brasil