O corpo do escritor e jornalista Sérgio Cabral está sendo velado na sede náutica do Vasco, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Às 14 horas ele será cremado no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária da cidade, em cerimônia restrita aos familiares.
Cabral, que também era músico e pesquisador do carnaval, morreu aos 87 anos neste domingo (14/07), em decorrência de complicações de um enfisema pulmonar. Portador de Alzheimer, ele estava internado na Clínica São Vicente.
Nas redes sociais, o ex-governador Sérgio Cabral Filho compartilhou um vídeo pedindo orações pela alma do pai.
Carioca, nascido no bairro de Cascadura, na zona Norte da cidade, Sérgio Cabral tinha duas paixões notórias: o Vasco e a música popular brasileira. Ambos se tornaram temas de pesquisas que resultaram em diversos livros. Entre eles, as biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão e Elisete Cardoso. Em 1998, foi o responsável pelo Livro Oficial do Centenário do Clube de Regatas Vasco da Gama.
Sua carreira no jornalismo começou aos 20 anos de idade no Diário da Noite. Trabalhou como repórter, redator, cronista, editor e comentarista de esportes e de música. Passou por diferentes veículos impressos e emissoras de televisão. Integrou também a equipe de O Pasquim, jornal alinhado à resistência à ditadura militar, chegando a ser preso por isso.
Na política, exerceu três mandatos como vereador do Rio, entre 1983 e 1993. Na década de 1980 ocupou o cargo de Secretário Municipal de Esportes e Lazer. Foi ainda conselheiro do Tribunal de Contas do município, entre 1993 e 2007, quando se aposentou.
Como compositor, mais um de seus múltiplos talentos, escreveu várias letras, entre elas "Os Meninos da Mangueira", parceria com Rildo Hora.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o falecimento de Sérgio Cabral, em nota divulgada na noite deste domingo (14/07). Lula escreveu que ele foi um grande companheiro de tantas lutas e que deixa um legado marcante para as gerações brasileiras.
Fonte: Agência Brasil
