Mais de 75% das crianças com menos de um ano de idade receberam a vacina BCG no país nos primeiros seis meses deste ano. O imunizante protege contra as formas mais graves da tuberculose e é um dos primeiros a serem aplicados nos recém-nascidos brasileiros.
Em 2023, a cobertura vacinal foi de 79,1%, segundo o Ministério da Saúde. 1º de julho é considerado o Dia da Vacina BCG, por ser a data da criação do imunizante, em 1921, pelos cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa são evitados.
De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, a cobertura vacinal da BCG no Brasil está abaixo da meta.
"A meta dessa vacina é de 90%. Nós não temos conseguido atingir a meta já há alguns anos. O que que nos preocupa nisso é, essa vacina protege especificamente contra as formas graves de tuberculose. E a tuberculose continua sendo um problema de saúde pública no nosso país".
A vacina deve ser aplicada logo após o nascimento em bebês com mais de dois quilos. Caso não seja possível administrar ainda na maternidade, a vacinação deve ocorrer na primeira ida à Unidade Básica de Saúde.
A tuberculose é transmitida pela bactéria conhecida como bacilo de Koch. Ela afeta pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas são tosse – que pode conter sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e sudorese ao final do dia.
Uma curiosidade é que esse é o imunizante que deixa a famosa marca de vacina, resultado de uma reação que evolui de uma pequena ferida e vira uma cicatriz bem conhecida dos brasileiros.
Fonte: Agência Brasil