Depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticou a discussão no Supremo Tribunal Federal sobre porte de maconha para uso pessoal, o presidente Lula destacou que a Lei de Drogas, aprovada no congresso, já trata da descriminalização. Para ele, é "nobre que haja diferenciação entre o usuário e o traficante". Para ele, a disputa entre STF e Congresso "não ajuda o Brasil".
A declaração foi dada nesta quarta-feira, durante entrevista do Presidente ao portal de notícias UOL. Durante a conversa, Lula defendeu que a maconha é questão de saúde pública e que a ciência precisa ser consultada. Para ele, não se trata de ser a favor ou contra.
Sobre o polêmico projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio, na Câmara dos Deputados, Lula comemorou o adiamento da discussão, no parlamento. Ele afirmou que o projeto apresentado era uma "carnificina contra as mulheres, porque tava criminalizando a vítima".
O presidente Lula também comentou as críticas já feitas por ele à chamada renúncia fiscal – que é quando o governo deixa de arrecadar tributos, como forma de incentivar o setor isento.
Esse é um dos pontos que o governo avalia mexer, para aumentar a arrecadação, mas Lula garantiu que não vai fazer cortes no salário-mínimo e nem na vinculação dele com benefícios sociais, como o de prestação continuada, O PBC.
Ainda durante a entrevista, o presidente comentou o indiciamento do ministro das comunicações, Juscelino Filho, pela Polícia Federal. Ele é investigado por suposto envolvimento em desvio de recursos públicos em obras federais. Caso o Ministério Público Federal aceite a denúncia, Lula antecipou que vai afastar o ministro do cargo.
Agência Brasil