Permitir a venda de produtos à base de fenol - mas só para médicos. É o que pede o Cremesp, Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que entrou nesta terça-feira (25) com uma nova ação junto à Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Na última sexta-feira, outra ação do próprio Cremesp solicitou a proibição na venda dos produtos, aceita em seguida pela Justiça. E nessa terça a Anvisa publicou uma resolução que proíbe a qualquer profissional a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
No entanto, o Conselho entendeu que a proibição total acaba impedindo os próprios médicos, que são os profissionais capacitados e habilitados, a realizar de procedimentos com fenol.
Antes da determinação, o produto podia ser comprado por farmacêuticos, biomédicos e esteticistas, para ser aplicado em procedimentos dermatológicos, como o peeling de fenol. Mas para o Cremesp e o Conselho Federal de Medicina, somente médicos dermatologistas estão habilitados a executar o procedimento estético, que é considerado invasivo. Para o produto ser aplicado, é preciso monitoramento cardíaco, hepático e renal.
O debate sobre o fenol acontece em função da morte do empresário Henrique Chagas, no último dia 3, dentro de uma clínica de estética na capital paulista, depois dele passar por peeling de fenol no rosto. O jovem, de 27 anos, pretendia remover marcas de acne que adquiriu na adolescência.
Um laudo do Instituto Médico Legal, da Polícia Técnico-Científica, vai apontar o que provocou a morte do empresário.
Agência Brasil