Na rede municipal de Porto Alegre são 7 mil alunos sem aulas e 14 escolas ainda sem condições de uso devido aos alagamentos. Em Canoas, na região metropolitana, uma das cidades mais atingidas, apenas oito das 44 escolas municipais voltaram a funcionar e somente a partir desta semana.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul, de Canoas, foi uma das que retomou as aulas, mas apenas 60% dos cerca de 700 alunos que atendia apareceram.O diretor da instituição, Fernando Lazzaretti, explicou que muitos estudantes estão alojados em outros municípios e não puderam voltar. Para o pedagogo, o impacto dessa enchente será mais grave que o da pandemia.
A professora de dança Ana Paula Fagundes, de 34 anos, conta que a filha Maria Luiza, de 7 anos, está feliz em poder voltar a estudar.
A pequena Isabela, de 7 anos, também ficou feliz com o retorno das atividades.
Não tiveram a mesma sorte os três filhos de 7, 12 e 14 anos da dona de casa Janete da Silva Campos, de 38 anos. Eles estão matriculados em uma escola de Canoas que segue fechada e coberta de entulhos.
O bairro da professora Gisele Vidal, de 35 anos, não foi atingido pelos alagamentos, mesmo assim a escola do seu filho, Gabriel, de 8 anos, não está funcionando porque virou um abrigo. O pequeno Gabriel disse que sente saudade dos "temas", que são as atividades da escola.
A secretaria municipal de Educação de Canoas disse à reportagem que espera que todas as escolas retomem as atividades até a metade do mês de julho.
*Da Agência Brasil para Rádio Nacional.
Fonte: Agência Brasil