Com o aumento exponencial dos focos de incêndio no Pantanal, a União e os Governos Estaduais do Mato Grosso Sul, que abriga 65% do bioma, e do Mato Grosso, que abriga os outros 35%, anteciparam as ações de prevenção e combate a incêndios. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, de 1º a 19 de junho, os focos de incêndio cresceram quase 3000% no Pantanal, se comparado com o mesmo período do ano passado.
O Governo Federal iniciou esta semana as primeiras reuniões da Sala de Situação para ações de prevenção e controle de incêndios e secas em todos os biomas, com foco inicial no Pantanal. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima considera, inclusive, pedir ajuda financeira à União Europeia para essas ações.
Já o governo de Mato Grosso do Sul ampliou em mais 13 as bases do corpo de bombeiros, adquiriu equipamentos, aeronaves e está limpando a cabeceira das mais de 400 pontes que existem na região do Pantanal, para evitar que sejam atingidas por incêndios.
No Mato Grosso, o governo estadual deu início a Operação Pantanal, antecipando o envio de brigadistas para regiões estratégicas como Poconé, Barão de Melgaço, e Cáceres. A distribuição prioriza as unidades de conservação, como o Parque Estadual Encontro das Águas e do Guiará, além da Reserva de Patrimônio Nacional do Sesc Pantanal. O Batalhão de Emergências Ambientais, na capital, monitora os incêndios via satélite.
Seis aviões estão de prontidão para combater as chamas e pistas de pouso e pontos de captação de água já foram mapeados.
As equipes estão alertando a população para não atear fogo sob nenhuma hipótese, obedecendo ao período proibitivo do uso do fogo no Pantanal. Inicialmente prevista para começar em 1º de julho, a proibição foi antecipada por causa das condições climáticas. Somente este ano, o governo mato-grossense já aplicou mais de R$ 39 milhões em multas por incêndios de responsabilidade humana.
Estudo divulgado este mês pelo Mapbiomas mostra que o Pantanal foi o bioma mais afetado com queimadas no Brasil nas últimas décadas proporcionalmente, com focos registrados em quase 60% da sua extensão.
Fonte: Agência Brasil