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SUPOSTA LAVAGEM DE DINHEIRO

Influenciadores ocultavam bens em nomes de parentes e terceiros, diz PC

Operação Game Over já apreendeu nove carros de luxo e três imóveis, bens avaliados em mais de R$ 9 milhões


Carros de luxo foram apreendidos pela PC-AL.. PC-AL

Os influenciadores alagoanos alvos da operação Game Over, da Polícia Civil, ocultaram patrimônio em nomes de parentes e terceiros. É o que aponta o delegado da Delegacia de Estelionato, Lucimério Campos. Em um dos áudios captados pelos investigadores, segundo a autoridade policial, um dos suspeitos fala da possibilidade de ocultar dinheiro em negócios lícitos, como uma loja de cosméticos.

A operação, que teve diligências nesta semana, já apreendeu nove carros de luxo e três imóveis, bens avaliados em mais de R$ 9 milhões e que, supostamente, foram adquiridos por meio de movimentações financeiras adquiridas com jogos do Tigrinho.

Até o momento, de acordo com a autoridade policial, estão sendo investigados cinco influenciadores do Estado e mais 11 assessores, que faziam o papel de agenciadores, intermediando negociações informais entre os blogueiros e os proprietários de plataformas de apostas.

Os alvos são suspeitos de praticar crimes como estelionato, organização criminosa e possível lavagem de dinheiro por meio dos jogos de apostas online, como Tigrinho.

Segundo o delegado Lucimério Campos, o valor dos nove carros de luxos apreendidos chega a R$ 6 milhões. Somados a ele, estão os preços de um imóvel na Praia do Patacho, avaliado em R$ 3 milhões, e mais dois terrenos, que custam R$ 500 mil e 250 mil, que também foram confiscados.

"A investigação não é só sobre estelionato", afirma Campos. As suspeitas são de que houve ainda a prática de lavagem de dinheiro, o que está sendo investigado. A Polícia Civil afirma que eles praticaram ocultação de patrimônio, transferindo alguns bens para familiares e terceiros. Dos nove carros apreendidos, alguns deles, informou Campos, estão em nomes de outras pessoas.

"Com todo esse dinheiro que eles conquistaram com essa atividade ilícita, eles passaram a diluir esse dinheiro, a ocultar patrimônio algumas vezes, comprando bens em nomes de parentes, colocando bens em nomes de terceiros e comprando bens com contratos de gavetas. Porque, sabendo que a prática é ilícita, se você ostenta também de modo que fica tudo em seu nome, obviamente, havendo uma operação, vai alcançar tudo que você tem. E alguns pertences desses influencers não estão no nome deles ou estão ocultadas de forma contrária à legislação", expõe o delegado.

Segundo ele, a investigação leva em consideração ainda a prática de apostar em jogos de azar, que é ilegal no Brasil, constituída de contravenção penal para quem pratica.

"O jogo do Tigrinho é uma farsa, como comprovado, independente da gravação de tela. É impossível que alguém mude de vida ou ganhe dinheiro, tenha algum lucro, jogando o jogo do tigrinho. Ele [apostador] vai sempre perder. Vai haver algum momento de ganho, mas, inevitavelmente, depois vai vir uma manobra algorítmica, que vai levar a pessoa a perder dinheiro. Isso é a contravenção penal", explica o delegado, em entrevista à imprensa.

Já o estelionato está sendo direcionado aos influenciadores. Isso porque, as investigações apontam que eles divulgaram vídeos das redes sociais ganhando apostas em contas simuladas e irreais, fazendo os seguidores acreditarem que as partidas eram verdadeiras.

"O estelionato já é praticado pelos influencers, quando eles simulam que estão ganhando numa conta irreal para vender aquilo como sendo a realidade que as pessoas vão ganhar. O estelionato é a figura que pertence aos blogueiros que praticaram essa conduta", afirma a autoridade policial.

Campos analisa ainda que os envolvidos se associaram de forma a considerá-los uma organização criminosa.

"Eles se juntaram com pessoas que captavam esses influenciadores, com os donos de plataformas, porque seria impossível que eles fizessem isso se não houvesse outras pessoas com outras funções. Isso para a polícia é uma organização criminosa", aponta Lucimério Campos.

A polícia pediu à Justiça de Alagoas o bloqueio de 38 milhões com base nas movimentações financeiras que eles produziram nos nove meses de investigação.

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