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OPERAÇÃO GAME OVER

Bens apreendidos de influenciadores somam R$ 31 milhões, afirma PC

Contas nas redes sociais de blogueiros com mais de um milhão de seguidores foram bloqueadas pela Justiça

Bens apreendidos de influenciadores somam R$ 31 milhões, afirma PC. Ascom / PC/AL
Bens apreendidos de influenciadores somam R$ 31 milhões, afirma PC. Ascom / PC/AL

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) disse, durante entrevista coletiva, nesta segunda-feira (17), que a soma dos bens apreendidos nos imóveis de influenciadores alagoanos se aproxima de R$ 31 milhões. A operação Game Over foi realizada na manhã de hoje, em bairros de Maceió e, também, em Marechal Deodoro. Ao todo, 12 foram alvos da operação e 40 estão sendo investigados pelo crime de estelionato.

Doze veículos foram alvos da operação, mas apenas seis foram apreendidos. Segundo a polícia, os outros carros de luxo foram ocultados pelos investigados, que tiveram informações sobre a operação e, na manhã de hoje, apenas um deles, avaliado em R$ 1 milhão, foi encontrado. O valor total da apreensão apenas de veículos é de R$ 8 milhões.

Segundo o delegado Lucimério Campos, as contas nas redes sociais de influenciadores com mais de um milhão de seguidores foram bloqueadas pela Justiça.

"Começamos a perceber o potencial ilícito na prática desses jogos. Com o avançar da investigação, a gente viu que tinha um público próprio, que ostentava patrimônios luxuosos e não encontramos pessoas que ganhavam realizando esses jogos. Uma senhora teve todo o patrimônio dilapidado, porque se desfez da casa avaliada em R$ 400 por R$ 200 mil para pagar dívidas do neto. Percebemos que havia um grupo orquestrado para praticar esse tipo de crime. O jogo do tigrinho tem um aparato por trás, tem quem vai atrás do influenciador, a plataforma, os ganhos irreais dos influenciadores, para o jogo alcançar um número maior de pessoas e faturar mais", disse Lucimério.

Ele explicou que, com a quebra de sigilo autorizada pela Justiça, a polícia teve acesso a áudios dos influenciadores com a plataforma de jogos de azar.

"Eles recebem uma conta de demonstração, onde há ganhos irreais, onde ele grava a tela da conta e diz ao seguidor que está ganhando, mostram ganhos muito altos, a fim de estimular que as pessoas passem a jogar também. Aquele link que ele divulga não é o que ele recebeu para jogar, eles simulam que estão ganhando, mas nada daquilo é verdade. O jogo do tigrinho não tem autorização para funcionar. Os próprios influenciadores estão viciados. Depois eles começam a lavar esse dinheiro em bens de luxo, colocando em nome de outras pessoas e tudo isso é organizado de forma criminosa, é uma verdadeira organização criminosa que tem um poder nefasto para a sociedade", explica.

O delegado também alertou para que as vítimas desses influenciadores procurem a polícia para denunciar.

"As pessoas que estão jogando são vítimas desses influenciadores e não se sintam desconfortáveis em procurar a polícia".

A Operação Game Over cumpriu mandados contra influenciadores envolvidos com o "Jogo do Tigrinho" nos bairros do Poço, Serraria, Jatiúca, Ouro Preto, Pajuçara e na cidade de Marechal Deodoro.

Entre os bens apreendidos, estão dois carros de luxo – uma Porsche e um Volvo –, um Fiat Fastback, uma lancha, além de celulares, dinheiro e passaporte.

Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Civil.

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