Hermeto é reconhecido no mundo inteiro como um dos grandes gênios vivos da música brasileira. Já foi gravado por Miles Davis e recém-condecorado com um título honores causa pela prestigiada escola superior de música Juilliard, de Nova York.
Desde criança, o compositor manifestava interesse em barulhos "inusitados" e da natureza. Aos dez anos, ele aprendeu sozinho a tocar acordeon, flauta e pandeiro. Aos 15 anos, caiu na estrada com o irmão para morar no Recife e viver de música. De lá pra cá, tudo vira canção nas mãos do bruxo dos sons: o apito de uma chaleira, partes do próprio corpo, o barulho da chuva.Gravado em fevereiro deste ano, o novo álbum surge 24 anos após a partida de Ilza. No repertório, Hermeto escolheu 13 músicas de um total de 198 partituras, em um caderno dedicado ao amor da vida dele.
Todos os arranjos do álbum foram criados no estúdio de gravação, em meio à natureza da região serrana do Rio de Janeiro. Intuição e criatividade permanecem sendo a marca de Hermeto neste que é seu 25º álbum. Para todas as faixas, o compositor criou uma partitura bruta, indicando cada nota e ritmo a ser executada pelos músicos.
Quem quiser conhecer mais da genialidade do músico alagoano pode conferir uma exposição no Sesc Bom Retiro, na região central da capital paulista, que apresenta a obra de Hermeto além do âmbito musical.
A mostra, composta principalmente por produção das últimas duas décadas do artista, estabelece conexões entre objetos, desenhos e pinturas que funcionam como instrumentos e partituras sonoras.
Agência Brasil