Belém do Pará vai receber a primeira casa-modelo pública de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ do Brasil.
A iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania quer fortalecer o acolhimento da comunidade de lésbicas, gays, transexuais, entre outras categorias, em situação de rua ou recém-abandonadas pela família, por discriminação da sua identidade de gênero ou sexualidade.
O investimento para a construção da unidade modelo do programa Acolher+ na capital paraense será de R$ 611 mil. O espaço será batizado com o nome de Darlah Farias, que morreu no último domingo (2), numa homenagem à advogada paraense defensora de direitos humanos, fundadora do coletivo Sapato Preto, com reconhecida trajetória de ativismo no movimento negro e LGBTQIA+.
Para Gabriela Borja, militante do coletivo Sapato Preto e colega de luta de Darlah Farias, a construção de espaços públicos seguros de acolhimentos são fundamentais para o combate ao racismo e à lesbofobia na região amazônica. Moradora de Belém, ela conta que casos de violências contra a população LGBTQIA+ ainda são muitos comuns na cidade
Uma pesquisa recente do Instituto Pólis revela que quase metade das vítimas são agredidas na própria residência. Em seguida, a via pública é o principal local de ocorrência. Diretor do Pólis, o urbanista Rodrigo Iacovini aponta que acolhimento, moradia e trabalho digno são os três pontos essenciais para garantis os direitos dessa população
De acordo com o Governo Federal, o Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+, também tem o objetivo de reduzir os riscos a que essas pessoas estão submetidas e ofertar, além do suporte psicológico, uma possibilidade de reconstruírem suas vidas com dignidade.
Fonte: Agência Brasil