Uma voz. Um violão. Uma musa da Bossa Nova. A cantora e compositora Nara Leão morreu, em 7 de junho de 1989, aos 47 anos, no Rio de Janeiro. Aclamada pela crítica e pelo público, construiu uma carreira sólida por mais de duas décadas, que foi interrompida, de forma precoce, em consequência de um tumor cerebral.
Nascida em 1942, em Vitória, no Espírito Santo, Nara Lofego Leão foi criada na metrópole carioca. Filha de um advogado e uma professora, tinha como irmã mais velha Danuza Leão, que também ficaria muito conhecida por seu trabalho como jornalista e escritora.
Em 1954, aos 12 anos, Nara ganhou o primeiro violão e demonstrava interesse pelo jazz norte-americano. Três anos depois, passou a realizar reuniões com outros músicos em seu apartamento em Copacabana. Os encontros resultariam no movimento da Bossa Nova.
Em 1959, fez sua estreia como cantora e apresentou as músicas Se é tarde me perdoa e Fim de noite. No ano seguinte, a Bossa Nova começou a ganhar destaque na imprensa. E a carreira de Nara Leão decolou a partir de 1964. Após o golpe, a cantora declarou publicamente sua oposição ao regime militar e acabou passando um período exilada em Paris, na França.
Além da música, Nara Leão dedicou-se à xilografia e foi apresentadora de TV. Manteve uma vasta produção nos anos 70 e 80. Em 1986, veio o diagnóstico de um tumor inoperável no cérebro e morreu três anos depois.
Após sua morte, Nara Leão recebeu várias homenagens. Entre elas, a Canção que se imaginara, dos compositores Sivuca e Paulinho Tapajós.
História Hoje é um quadro da Rádio Nacional publicado de segunda a sexta-feira na Radioagência Nacional. Ele rememora acontecimentos marcantes e curiosidades de cada dia do ano. Acesse todos os episódios aqui.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jailton Sodré
Edição: Bianca Paiva
Apresentação: José Carlos Andrade
Publicação Web: Marizete Cardoso
Geral Brasília 07/06/2024 - 08:44 História Hoje História Hoje sexta-feira, 7 Junho, 2024 - 08:44 167:00Agência Brasil