No Dia Livre de Impostos, a capital do país teve postos de gasolina com grandes filas. Em um posto na área central de Brasília, mais de 150 carros aguardavam a vez de abastecer, na manhã desta quinta-feira (6).
Nesse posto, a gasolina, que custa R$ 5,68, passou para R$ 3,80, o litro. Com limite de 20 litros por carro, o combustível só era vendido no dinheiro vivo. Entre os clientes, gente de toda parte do Distrito Federal, que chegou cedo para garantir o desconto.
Nesse posto, os 20 litros de gasolina que custam mais de R$ 113, foram vendidos por R$ 76 nesta quinta: R$ 37,60 a menos.
O Dia Livre de Impostos ocorre há 18 anos, e é organizado pela CDL, Câmara de Dirigentes Lojistas de cada estado. Segundo a entidade, a ideia é alertar a população sobre o impacto dos impostos nos bens de consumo. O coordenador da CDL Jovem do DF, Hugo Leite, explica que o problema não é a cobrança de impostos, mas a forma desequilibrada como isso é feito, no Brasil.
"A gente não é a favor de zero imposto. Mas a gente entende que a carga tributária é muito alta"
Para o Economista Antonio Lacerda, do Conselho Federal de Economia, a carga tributária brasileira é distorcida, mas os tributos são importantes para qualquer país do mundo.
"Não existe sociedade sem impostos. Todos os países tem uma estrutura tributária. A carga tributária brasileira é mal distribuída".
O Economista ainda destacou que, no Brasil, os tributos são pagos por empresários, trabalhadores e a classe média. Mas que os super-ricos pagam "muito pouco" ou "quase nada". Por isso, o Conselho de Economia defende "aumentos da carga dos tributos sobre a renda e patrimônio" das pessoas, de forma proporcional: quem tem mais paga mais, e quem tem menos, paga menos.
Agência Brasil