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EM GREVE HÁ MAIS DE 2 MESES

Servidores e estudantes da Ufal fecham entrada do Campus Maceió

Docentes devem analisar nova proposta do governo federal até esta quarta-feira (22)


Protesto tem o objetivo de pressionar o governo federal a fechar acordo com as categorias da educação federal. Cortesia

Em greve há mais de 2 meses, servidores e estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) realizaram, na manhã desta terça-feira (21), em frente ao Campus A. C. Simões, em Maceió, um ato público ao fechar o portão principal da universidade.

O protesto tem o objetivo de pressionar o governo federal a fechar acordo com as categorias da educação federal em greve em mais de 40 instituições de ensino.

A manifestação unificada ocorre em todos os estados, para reivindicar as demais pautas, que vão além do reajuste salarial dos docentes, as pautas dos servidores do Ifal e Ufal, e mais orçamentos para a universidade. Os servidores estão em greve há 61 dias.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) convocou a categoria para participar das próximas assembleias setoriais que serão realizadas nos campi Sertão (Delmiro Gouveia), Arapiraca e A. C. Simões (Maceió), entre os dias 20 e 22 de maio.

Os servidores devem analisar a nova proposta feita pelo governo federal, no dia 15 de maio, que altera a carreira, reduzindo-a dez níveis, sendo o primeiro interstício de 3 anos e os demais de 2 anos, para avaliação funcional e progressão.

"Ao fazer isto, a proposta incorporou parcialmente a crítica de que o piso remuneratório inicial da carreira é baixíssimo e nesse novo nível inicial incide o maior percentual de majoração. Em seguida, altera os percentuais de variação entre os níveis da Classe de Adjunto (C), que sobem, e os da Classe de Associado (D), onde há uma redistribuição de valores, com redução no percentual entre Adjunto 4 e Associado 1 e ampliação dos percentuais seguintes (dentro da Classe dos Associados), sem alteração para ascensão à Classe Titular. Ao final, há uma redução da dispersão entre os níveis inicial e final da Carreira, dos atuais 2,13 vezes para 1,91 vezes", afirma nota da Adufal.

Protesto tem o objetivo de pressionar o governo federal a fechar acordo com as categorias da educação federal. Cortesia

A nova proposta do governo federal consiste em:

• Reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026 – manutenção da ausência de reajuste para 2024;

• Achatamento dos níveis da tabela, reduzindo de 13 para 10, com step de 6% no nível inicial;

• Os padrões C (Adjunto) 2 a 4 e D (Associado) 2 a 4 passariam de 4% para 4,5%, em 2025, e para 5% em 2026;

• O padrão C1 passa de 5,5% para 6%;

• O padrão D1 passaria de 25% para 23,5% em 2025, e para 22,5% em 2026;

• Os docentes do EBTT ficariam dispensados do controle eletrônico de frequência, conforme norma prevista pelo Decreto 1590/1995;

• Debate sobre a revogação da Portaria 983/2020 passaria para diálogo entre o sindicato e o Ministério da Educação (MEC), nas Mesas Setoriais já existentes com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e com a Secretaria de Educação Superior (Sesu).

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