O Sindicato dos Policiais Penais de Alagoas (SINASPPEN) anunciou esta semana o início das mobilizações de reinvidicações da categoria. Os trabalhadores cobram por ajustes salariais justos e também a realização de um concurso público para a classe.
Segundo o presidente do SINASPPEN, Vitor Leite, os contatos datam do início do ano, mas não foram efetivamente respondidos pelo Governo do Estado, que apenas marca reuniões. Ao mesmo tempo, a categoria segue correndo riscos: "Muitas vezes para fazer os atendimentos, dois policiais penais conduzem ao mesmo tempo 20, 30 ou até mesmo 40 presos soltos no corredor".
"Enquanto a SERIS [Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social] busca apresentar números positivos para o Governo, não mostra a real face do sistema prisional. Na realidade a gente não está conseguindo com o pessoal hoje que temos para trabalhar garantir a segurança do sistema nesses moldes de trabalho", continuou o presidente, completando em seguida: "Hoje tem que produzir, tem que bater meta para que o governo tenha números positivos. Mas eles não se preocupam em como isso está acontecendo".
Com as mobilizações, os profissionais suspenderam o encaminhamento de presos para as fábricas e também as aulas e oficinas. Com o estabelecimento de condução de presos na proporção de dois policiais para um detento, os atendimentos com advogados e visitas também foram reduzidos.