Noventa por cento das indústrias do Rio Grande do Sul estão embaixo d'água ou foram afetadas pelas enchentes. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias do estado, Arildo Bennech Oliveira. Ele esteve em Brasília, nesta sexta-feira (17), e entregou ao vice-presidente Geraldo Alckmin uma série de propostas para a recuperação da economia depois dessa tragédia no sul.
São propostas voltadas para o crédito e para a manutenção de empregos, medidas consideradas urgentes para o setor. Uma das ideias a flexibilização das leis trabalhistas com base numa lei promulgada durante a pandemia que trata do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e que pode ser usada em períodos de calamidade.
"O crédito me parece mais importante agora para as empresas poderem manter os seus funcionários que hoje são mais de 500 mil pessoas com carteira assinada que estão com suas casas cobertas de água. Esse é o mote principal da nossa reunião. É manter os empregos e fazer com que essas pessoas continuem trabalhando".
Ao final da reunião, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, voltou a dizer que não faltarão recursos para a recuperação do estado. E a questão dos juros e do crédito ainda deverá ser definida.
"Há de se definir a questão dos juros, fundo garantidor e as linhas de crédito, que devem ser pra tudo. Desde capital de giro, recomposição de máquinas, equipamentos, prédios e toda área de reconstituição".
Nesse momento, uma das angústias do setor é com a agilidade no repasse dos recursos. E o pedido para que eles sejam enviados sem burocracia. "Para ontem", como disse o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Oliveira.
Fonte: Agência Brasil