As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul e deixaram ao menos 80 mil pessoas desabrigadas, também agravaram a vulnerabilidade da população que já vivia nas ruas, principalmente na capital Porto Alegre.
Na avaliação do coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Porto Alegre, Elton Bozzetto, em entrevista à Agência Brasil, a situação ampliou a "fragilidade" dos serviços oferecidos à população em situação de rua.
Segundo Bozzetto, uma das duas únicas escolas do Brasil abertas à população em situação de rua, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre foi totalmente alagada. Com isso, o trabalho com mais de 100 pessoas que era feito na escola, hoje, está sendo feito nas ruas.
Ainda de acordo com o coordenador da Pastoral, a capital gaúcha conta com apenas quatro abrigos municipais e 18 pousadas contratadas pela prefeitura para acolher essa população e o número de vagas já era considerado insuficiente antes mesmo da catástrofe climática. A cidade tem mais de 4.800 pessoas vivendo na rua e entre 650 e 700 vagas disponíveis.
Muitos moradores de rua que se concentravam na região central da cidade passaram a procurar atendimento nos abrigos, mas, segundo a Pastoral, estão sendo rejeitados. A reportagem da Agência Brasil procurou a Prefeitura de Porto Alegre sobre as declarações do coordenador da pastoral, mas ainda não houve resposta.
Geral Brasília 17/05/2024 - 07:36 Roberto Piza - Marizete Cardoso Fabiana Sampaio - repórter da Rádio Nacional Chuvas Rio Grande do Sul desabrigados sexta-feira, 17 Maio, 2024 - 07:36 95:00Fonte: Agência Brasil