Países que já possuíam uma rede de educação de boa qualidade conseguiram reduzir o número de dias sem aulas presenciais durante a pandemia. É o que aponta um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre os 38 países-membros da OCDE, o número de dias em que as escolas ficaram fechadas no ano passado variou de menos de 20 dias, na Dinamarca, para quase 180 dias, na Costa Rica. A média é de 68 dias sem aulas presenciais.
Para fazer o cálculo, a organização usou como base os resultados do Pisa — teste que avalia os sistemas de ensino em todo o mundo. Austria e Itália, países europeus que não estão entre os que obtêm as melhores notas no Pisa, cancelaram aulas presenciais por quase três meses. Enquanto isso, Irlanda, Finlândia e Coreia do Norte — que possuem alto desempenho de aprendizado — fecharam a porta das escolas por menos de dois meses.
O relatório aponta que a crise causada pela pandemia da Covid-19 não apenas amplificou desigualdades de educação dentro dos países como também entre diferentes nações. A organização afirma não há dúvidas de que a suspensão das aulas prejudica a formação de crianças e jovens. De acordo com a OCDE, em 1º de fevereiro deste ano, só três países tinham todos os níveis escolares funcionando normalmente: Japão, Nova Zelândia e Noruega. Outros 60% retomaram o ensino primário total ou parcialmente e 70% tinham escolas infantis abertas.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Jovem Pan