Os números são do Prodes, Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite. A área desmatada no período de julho de 2022 a agosto de 2023 foi de 9.064 km². Na medição anterior, esse número foi de 11.594 km².
Nos 70 municípios considerados prioritários para o combate ao desmatamento, que concentraram 75% da derrubada em 2022, houve queda de 42%, quase o dobro da taxa em toda a Amazônia Legal.A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que os números são resultado da formulação de políticas.
"Isso é fruto de uma ação de política pública com base em evidência e em alocação de recursos e em priorização e elaboração de estratégias".
Marina Silva também destacou que a mesma medida será aplicada nos demais biomas brasileiros.
"O que nós estamos fazendo com a Amazônia será aplicado também no Pantanal, no Pampa, na Caatinga, na Mata Atlântica, e em todos os biomas".
A ministra ainda falou sobre a contribuição do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima diante dos efeitos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul.
"Nós estamos contribuindo com o que é possível, com as nossas frotas de automóvel, naquilo que a Defesa vai pedindo que deve ser adicionado. Mas nós temos, por exemplo, o Setas, aonde nós temos animais silvestres. Nós tivemos um Setas que foi completamente alagado. Precisa mobilizar veterinários, precisa mobilizar pessoas. Estamos fazendo um trabalho".
O Inpe divulgou também, pela primeira vez, dados de supressão de vegetação nativa não florestal no bioma Amazônia. Foi registrado em 2023 desmatamento de quase 585 km², queda de 19,5% em relação a 2022.
A área não florestal, no bioma Amazônia, inclui formações como o lavrado em Roraima, trechos de Cerrado, no sul do Amazonas, em Rondônia e Mato Grosso, e áreas de várzea ao longo da calha do Rio Amazonas.
O Inpe apresentou ainda dados sobre o desmatamento no Pantanal. A taxa consolidada para os dois estados do bioma em é de 723 km². O número representa queda de 9,2% em relação à taxa de 2022.
No mês passado, o governo federal lançou o programa 'União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia', que prioriza 70 municípios da Amazônia Legal responsáveis por quase 80% da devastação em 2022. O programa vai contar com mais de R$ 700 milhões. Destes, R$ 600 milhões virão do Fundo Amazônia, e o restante do Programa Floresta+.
Fonte: Agência Brasil