Os economistas e analistas consultados pelo Banco Central esperam que a Selic feche o ano a 9,13%, antes a expectativa era de 9%.
A conselheira do Conselho Federal de Economia Ana Claudia Arruda explica que fatores internos e externos do Brasil influenciam essa mudança na previsão para os juros."As incertezas com relação ao cumprimento da meta fiscal para 2025, o aquecimento no mercado de trabalho que pode pressionar a demanda interna, bem como o conflito entre Israel e Irã que ainda não se tem muita clareza com relação aos desdobramentos desse conflito".
O boletim, divulgado nesta terça-feira (16), a expectativa é que o IPCA fique em 3,71%, contra 3,76% na semana passada. No entanto, para 2025, o movimento foi o inverso. A expectativa subiu de 3,53% para 3,56%.
Para o PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma dos produtos e serviços produzidos no país, espera-se um crescimento de 1,95% em 2024.
O doutor e professor de Economia da Unifesp André Roncaglia avalia que o mercado está passando a ter uma visão mais realista da economia.
"Eu não vejo que é tanto um otimismo. Eu acho que o mercado está, na verdade, agora, assumindo um maior realismo com relação as suas estimativas. A percepção era de que haveria uma desaceleração muito forte. E os indicadores, principalmente quando a gente vê comércio, agropecuária, vêm dando sinais de uma resiliência importante".
O dólar deve terminar o ano a R$ 4,97 - um pouco mais caro do que na última edição do boletim.
Fonte: Agência Brasil