A Itália desmantelou na noite desta terça-feira, 30, um esquema de espionagem envolvendo um oficial da Marinha que estava entregando documentos secretos a um funcionário da Embaixada da Rússia em Roma. Os dois foram presos logo após serem flagrados durante um encontro clandestino em um estacionamento da capital, no qual o capitão italiano forneceria papéis contendo segredos militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em troca de cinco mil euros. Além disso, dois diplomatas russos estão sendo acusados de terem envolvimento no caso e, por isso, foram expulsos da Itália nesta quarta-feira, 31. As autoridades italianas não esclareceram se o funcionário responsável por receber os documentos está entre os expulsos. De qualquer forma, a imprensa local está descrevendo o incidente como o mais sério desde a Guerra Fria.
Em resposta aos acontecimentos, a Rússia disse que lamenta a expulsão dos funcionários da embaixada e que faria um novo anúncio sobre possíveis medidas. No entanto, o governo de Vladmir Putin afirmou esperar que a “natureza positiva e construtiva” da relação com a Itália continue. Na comunidade internacional, o caso aumentou as preocupações de que a Itália tenha se tornado palco para atividades ilícitas da Rússia dentro da União Europeia. A Bulgária já tinha expulsado funcionários russos por suspeita de espionagem no início de março e a Holanda fez o mesmo em dezembro de 2020.
Jovem Pan