O delegado Igor Diego, da comissão de delegados que investiga o caso de Leandro Barros, informou que o suspeito deve pegar até 30 anos de prisão, por matar a esposa, Mônica Cavalcanti, em São José da Tapera, em junho do ano passado. A vítima foi morta a tiros, na calçada do Fórum da cidade, após uma discussão do casal, durante uma festa junina.
Depois do crime, Leandro fugiu para a cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde foi preso quase 10 meses após o ocorrido. "Logo após o crime, ele tentou socorrê-la, mas, ao perceber que ela havia falecido, entrou em desespero e começou a fuga", disse o delegado ao narrar o depoimento do preso.
"No primeiro momento, ele dirigiu até uma cidade próxima a Piranhas, abandonando o carro. A partir disso, começou a pegar carona, parando na casa de um primo, em Sergipe", acrescentou.
Ainda segundo o delegado, o primo não aceitou a permanência de Leandro em sua casa, começando o suspeito sua fuga até a Bolívia.
"Ele [Leandro] diz, a todo momento, que não teve ajuda de ninguém e que tinha dinheiro guardado. Lá, começou a namorar com uma jovem estudante de Medicina, que não sabia o crime que ele cometeu no Brasil", narrou.
"Leandro pode pegar pena de 30 anos pelo crime de feminicídio, que, na verdade é um homicídio duplamente qualificado", finalizou o delegado.
Após ser recambiado da Bolívia, o acusado foi levado ao sistema prisional alagoano, onde aguarda o trâmite do processo judicial.