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Bolívia

Assassino de Mônica diz que não recebeu ajuda financeira e que comercializava celulares na Bolívia

Leandro foi levado ao CISP do Benedito Bentes para prestar depoimento nesta segunda-feira (8) | Reprodução/TV Pajuçara
Leandro foi levado ao CISP do Benedito Bentes para prestar depoimento nesta segunda-feira (8) | Reprodução/TV Pajuçara

Leandro Pinheiro Barros, assassino confesso de Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, disse, em depoimento dado à Polícia Civil de Alagoas, nesta segunda-feira (8), que conseguiu se manter durante quase 10 meses na Bolívia por fugir de Alagoas com uma quantidade de dinheiro em espécie que teria levado à compra de diversos aparelhos celulares posteriormente usados para revenda. Também no interrogatório, realizado no Centro Integrado de Segurança Pública, no Benedito Bentes, em Maceió, o acusado negou ter recebido ajuda financeira de familiares ou amigos.

O delegado Igor Diego esclareceu, em entrevista ao programa Cidade AL, da TV Pajuçara/Record, que não houve confirmação, até o momento, de que Leandro tinha envolvimento com agiotagem. O assassino de Mônica afirmou para as autoridades que trabalhou nos últimos meses como vendedor de celulares e a renda mensal era tirada deste tipo de comércio.

"Para sobreviver, ele estava comprando e vendendo celulares naquele país. Segundo ele, tinha fugido com uma quantidade [de dinheiro] em espécie, e quando chegou lá, na Bolívia, passou a comprar diversos celulares e passou a revendê-los. E disse que estava fazendo a parte financeira dele proveniente dessa atividade de venda de celulares. Não temos informações sobre ele fazer agiotagem naquele país".

Ainda segundo o delegado, o acusado contou que havia pesquisado sobre a Bolívia na internet antes de cometer o feminicídio. "Ele [Leandro] pegou todo o valor que tinha, em espécie, e saiu pegando carona até chegar na Bolívia. Ele disse que antes do crime, já tinha pesquisado sobre a Bolívia, sabia que lá tinha muitas faculdades de medicina, pesquisou na internet, então quando pensou em fugir, pensou em ir para a Bolívia", destacou Diego.

"Ao chegar na cidade de Santa Cruz [de la Sierra], ele procurou um quarto para alugar, e como lá há muitos brasileiros, ninguém pede documento e informação, então ele fez a locação do quarto. E durante a estadia, disse que se mudou umas três ou quatro vezes de lugar", continuou.

Assassino de Mônica diz que conheceu nova namorada na igreja - Ainda durante o depoimento, Leandro afirmou que se envolveu com uma jovem de 22 anos, quatro anos mais nova do que Mônica, depois de dois meses de estadia no país vizinho. Ele afirmou que frequentou uma igreja local e teve o primeiro contato com a boliviana, estudante de Medicina.

"Ele disse que depois de dois meses, que estava lá, foi para a igreja, e lá conheceu uma moça, e eles começaram a namorar. E posteriormente, eles passaram a morar juntos. Essa moça tem 22 anos, está concluindo a faculdade de medicina, e é boliviana", explicou o delegado.

"Segundo o Leandro, ele teria contado a ela que tinha cometido um crime no Brasil, e que estava foragido, mas em nenhum momento contou para ela qual teria sido o crime. E ele disse que estava se sentindo à vontade", complementou.

O caso

  • O crime ocorreu no dia 18 de junho deste ano. Testemunhas disseram que o casal Leandro Pinheiro Barros e Mônica Cavalcante estava discutindo em uma festa junina na cidade.
  • Horas antes do crime, Mônica gravou um vídeo chorando, dizendo que estava sendo perseguida pelo marido e que temia pela vida.
  • No vídeo, ela diz que se algo lhe acontecesse, a responsabilidade era do marido, principal acusado do crime.
  • Segundo os autos, o homicídio foi praticado por motivo torpe (ciúmes), sentimento de posse e desprezo à vida da companheira, dificultando sua defesa e demonstrando frieza na execução do ato.
  • Além de ter sido indiciado pela Polícia Civil, Leandro já foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas. O juiz Leandro Folly, titular da Comarca de São José da Tapera, também decretou a prisão preventiva dele.
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