O grande navio Ever Given que está preso no Canal de Suez, no Egito, há seis dias foi parcialmente liberado nas primeiras horas desta segunda-feira, 29, por uma equipa de salvamento internacional. A situação prendeu dezenas de bilhões de dólares em comércio global na última semana por ser a rota mais curta entre a Europa e a Ásia. Porém, ainda não é possível comemorar: a parte dianteira do navio, chamada de proa bulbosa, ainda está presa nas bordas da via. O trabalho foi intenso durante o fim de semana.
Dragas, escavadeiras e rebocadores trabalharam na remoção da areia densa ao redor do navio de 400 metros. O acidente já elevou os preços do petróleo e do frete por causa do congestionamento que provoca atrasos em portos ao redor do mundo. Pelos menos 369 embarcações estão na espera — entre eles graneleiros, petroleiros, navios de gás natural e liquefeito de petróleo. Agora, o trabalho deve ser focado na remoção de containers para aliviar o peso da carga e ainda pode levar dias. Peter Berdowski, CEO da Boskalis, empresa contratada para extrair o Ever Given, fez um alerta em entrevista a imprensa internacional.
“Não torça tão cedo. A boa notícia é que a popa está livre, mas vimos isso como a parte mais simples do trabalho”. De acordo com ele, a pior parte ainda está por vir já que a parte frontal do veículo está “presa como uma rocha”. Trabalhadores devem ter dificuldades para transportar o navio de 220 mil toneladas totalmente carregado. Caso isso não dê certo, guindastes devem ser usados para erguer os containers — o que deve estender o cronograma. Uma nova tentativa de liberar a proa do navio será feita na tarde desta segunda. Porém, estuda-se esperar até o meio da semana, quando as marés vão estar mais altas.
Fonte: Jovem Pan