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Polícia

Funcionária é afastada de hospital por suspeita de envolvimento em adoção ilegal de bebê, em Maceió

Pexels
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Uma técnica em enfermagem que trabalha no Hospital da Mulher, em Maceió, é suspeita de envolvimento em um caso de adoção ilegal após parto de uma paciente na unidade de saúde. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou que ela foi afastada das funcões até a conclusão da investigação da Polícia Civil.

Em entrevista à TV Pajuçara, a conselheira tutelar Maria Eunice Cerqueira, da Região II, contou que a recém-nascida foi encontrada com uma família no município de Olho D'Água das Flores, no Sertão de Alagoas, nessa sexta-feira, 12, seis dias após o nascimento. Segundo ela, o Conselho Tutelar e a Polícia Civil foram acionados pela direção do Hospital da Mulher depois de a mãe, arrependida por ter entregue a bebê, comunicar sobre a adoção ilegal.

"Dentro do conhecimento do Conselho Tutelar, a mãe não tem participação. Ela chegou ao hospital sentindo dores, e inicialmente não tinha conhecimento de que estaria gestante. Quando chegou no hospital, descobriu que estava grávida, já em trabalho de parto. Num primeiro momento, ela disse não querer ficar com a criança, chegou a pedir para as técnicas afastarem ela no momento do nascimento. O hospital tentou convencê-la a ficar com a criança, e dentro dessas conversas, houve a participação de uma funcionária do hospital que com ela intermediou e a mãe autorizou a entrega da criança a um terceiro. A entrega, de fato, foi no dia 9 de janeiro", disse.

"A mãe se arrependeu do ato e voltou à instituição hospitalar para buscar a filha. Foi quando a notícia chegou ao conhecimento da direção do hospital, e o Conselho Tutelar e a Polícia Civil foram acionados para a ocorrência [...] Não sabemos como foi o acesso da funcionária para ela, qual o tipo da conversa, até porque o celular está apreendido, as conversas foram colhidas, a delegacia já ouviu a funcionária. Às 14h de sexta-feira conseguimos localizar a criança que estava com uma família em Olho D'Água das Flores. Não sabemos se é família da funcionária, sabemos que é uma família que tinha o interesse em adotá-la", complementou Cerqueira.

A conselheira tutelar destacou que a bebê de quase uma semana de vida vai ser acolhida e uma equipe técnica vai acompanhar a mãe, para saber se de fato, ela pretende ficar com a filha. "Foi acordado que a criança será acolhida institucionalmente até que uma equipe técnica ouça a mãe, acompanhe a família, veja as condições psicológicas, a razão por ela ter entregue, se o desejo dela de fato é entregá-la... Então a criança vai ficar acolhida nesse momento, com o acompanhamento da Justiça também", disse.

Por meio de nota, a Sesau destacou que a servidora foi afastada do trabalho e que novas medidas administrativas não estão descartadas. "A Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) informa que está apurando a informação de que uma servidora pode estar envolvida em um caso de adoção ilegal após um parto dentro do Hospital da Mulher. Inicialmente, a funcionária foi afastada das funções enquanto o caso está sendo investigado. Demais medidas administrativas poderão ser tomadas diante dos desdobramentos da apuração da Polícia Civil. Vale acrescentar que a Sesau adotou todas as providências para garantir a transparência e integridade da investigação, que segue em sigilo para evitar interferências no processo", mostra a nota.

O TNH1 tentou contato com a delegada Teíla Rocha, da Delegacia Especializada dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCCA), que vai ficar com a responsabilidade do inquérito, mas a ligação telefônica não foi atendida.

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