O relatório final da CPI da Enel, que apura irregularidades cometidas pela concessionária de energia responsável pela distribuição na capital paulista e região metropolitana, foi apresentado nesta quarta-feira, 13. O documento foi lido pela relatora da CPI, deputada estadual Carla Morando (PSDB), e na sequência os parlamentares discutiram o que foi apurado durante o inquérito. A votação do relatório foi marcada para esta quinta-feira, 14. O relatório pede intervenção no atual contrato da companhia energética e a realização de uma auditoria, no entanto, a quebra total da concessão não foi considerada pelos parlamentares. “Buscar fazer uma intervenção nesse modelo atual, no que for possível, por conta de cláusulas do contrato. Se assim for entendido pela intervenção e pelas questões de cada cidade do contrato, tentar trazer todo esse trabalho mostrando a má qualidade de prestação dos serviços e que exige de todos os poderes uma mudança imediata”, comentou a deputada Carla Morando em entrevista à Jovem Pan News.
Durante a sessão, a relatora da CPI disse que ficou evidente, durante o apagão causado pela tempestade do dia 3 de novembro, que a concessionária não consegue atender a todas as demandas da região metropolitana. Na ocasião, mais de 2 milhões de clientes da Enel ficaram sem o fornecimento de energia. A deputada ainda afirmou que a empresa tem sido negligente, focada apenas nos próprios lucros e destacou que a própria CPI não foi instalada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) após o último apagão, e sim por problemas, reclamações e irregularidades nas contas de energia elétrica averiguadas desde o mês de maio deste ano.
*Com informações da repórter Camila Yunes
Fonte: Jovem Pan