Os três senadores da bancada de Alagoas vão integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito da Braskem, criada pelo Senado Federal, que vai ser instalada na próxima terça-feira, 12, às 15 horas – antes da sessão haverá uma reunião informal no gabinete do senador Omar Aziz (PSD-AM).
Os alagoanos Renan Calheiros (MDB) e Rodrigo Cunha (Podemos) estão entre os membros titulares da CPI, enquanto Fernando Farias (MDB) – que substitui Renan Calheiros Filho (MDB), afastado para ser Ministro dos Transportes – está como suplente.
Renan Calheiros, que propôs a criação da CPI, explica os seus objetivos:
"A CPI da Braskem é, sobretudo, humanitária e pedagógica. Além de apurar responsabilidades jurídicas e assegurar as justas indenizações, ela servirá para que crimes ambientais como o de Maceió não se repitam. No que depender de mim, não ficará impune".
O parlamentar alagoano diz que a Braskem, apesar de toda a situação gerada com o afundamento do solo em Maceió, pretende aumentar os salários dos seus dirigentes:
"Enquanto mais de 150 mil pessoas perderam suas casas, empregos e pequenos negócios, a Braskem debocha do país numa farra interminável de distribuição de dividendos. E acreditem: após destruírem vidas e parte de Maceió, vão aumentar os salários dos diretores".
Segundo o portal "O Antagonista", a CPI pode ser usada pela oposição para desgastar o Executivo, já que a Petrobras tem participação societária na Braskem, ao lado da Novonor (ex-Odebrecht).