O presidente em exercício do Senado, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), defendeu nesta segunda-feira, 4, a investigação da crise enfrentada em Maceió e a responsabilização da Braskem, multinacional responsável pela exploração de sal-gema no bairro Mutange. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas e o ministro do Turismo, Celso Sabino também participaram da reunião.
O bairro Mutange está em estado de emergência por risco de um colapso em uma das minas exploradas pelas empresa, com o afundamento do solo recorrente na última semana, os moradores precisaram deixar a região. Segundo dados do último boletim da Defesa Civil, houve uma redução no afundamento, que chegou a alcançar 6 cm em deslocamento vertical, para 0,25 cm por hora.
O prefeito de Maceió que está em busca ativa por ajuda e informações para a cidade. "Além de uma tragédia ambiental, de uma tragédia material, nós temos uma tragédia social. Então, os danos sociais a quem a gente deve muita atenção nesse momento, é justamente nessa visão maior, entender o fenômeno que está acontecendo nesta cidade, que já quase 10% de sua população foi realocada e precisa agora, com essa nova dinâmica social, nós repensarmos a nossa cidade", disse o JHC.
Em relação à CPI, proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), Cunha afirmou que agora cabe aos líderes dos partidos fazer as indicações partidárias, mas há um conflito entre quem é o "investigado e o investigador". "O que nós temos aqui é a certeza absoluta de que é necessário fiscalizar sempre, então se eu falei aqui, que no ano de 2019, as pessoas saíram de suas residências, ali também teve um clamor, que era buscar a responsabilidade por ação, 'quem foi que causou isso?' e quem causou ficou determinado tecnicamente que foi a empresa Braskem" Iniciou Rodrigo. "Acabo de sair de uma reunião com o diretor geral da agência nacional de mineração (ANM), em que ele confirmou tudo o que eu já sabia, que durante todo esse período houve uma licença ambiental sendo renovada constantemente pelo estado de alagoas à época, era o governador Renan Filho, que é senador e hoje, ministro dos Transportes e filho do Renan Calheiros, que é o propositor desta ação. Então, a CPI surge também com 3 vícios que são intransponíveis, o outro problema é que o senador Renan Calheiros também foi presidente da Sal-gema, 'e o que é a Sal-gema'? É a Braskem hoje", finalizou o presidente do Senado em exercício.
Em relação ao turismo na cidade, Sabino informou que não há empecilhos para quem deseja visitar a capital alagoana. "Não há nenhum aparelho turístico na cidade provocado pelo afundamento. Estamos aqui para passar mensagem aos turistas que podem ir à cidade com toda segurança", disse o ministro.
Fonte: Jovem Pan