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Jornal da Manhã

Investimentos no Brasil podem cair após a taxação de fundos exclusivos e offshores, aponta tributarista

A aprovação da tributação de fundos exclusivos e offshores no Senado poderia acelerar a retirada de investimentos do Brasil, de acordo com o tributarista Bruno Romano.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

A aprovação da tributação de fundos exclusivos e offshores no Senado poderia acelerar a retirada de investimentos do Brasil, de acordo com o tributarista Bruno Romano. Em entrevista à Jovem Pan News, o especialista afirmou que a arrecadação deve aumentar, no entanto, muitos dos investidores devem retirar o dinheiro e enviar para outros países: “Apesar de haver um aumento de arrecadação por parte de alguns contribuintes que permanecerão no Brasil e vão acabar recolhendo esses tributos, muitos outros vão mudar sua residência fiscal, vão passar a morar em outros países e por conta disso o efeito pode acabar sendo negativo com relação a isso e a arrecadação não será de R$ 20 ou R$ 40 bilhões que o governo está esperando”. Na avaliação do tributarista, a aprovação da tributação foi uma vitória do governo em termos políticos, mas ruim em aspectos econômicos: “Há um alinhamento neste momento entre governo e Congresso para a aprovação de uma medida neste sentido. Politicamente também é uma medida muito importante porque você traz um discurso que é muito passional, no sentido de que os ricos precisam pagar tributos. Isso gera um clamor muito grande. Nesse sentido político foi uma vitória para o governo”.

“Em termos econômicos, foi um retrocesso. Para arrumar as contas, seria muito melhor o governo gastar menos do que tentar arrecadar mais”, explicou. Romano ainda destaca que, com a possível saída de investidores, os efeitos na economia a longo prazo podem ser negativos: “Há possibilidade desses contribuintes resolverem se mudar do Brasil, o que faz com que haja um efetivo esvaziamento desse investimento. Esvaziando o investimento no país, você tem diminuição de empregabilidade, aumento do índice de desemprego, corre o risco de que haja um aumento do índice de inflação, e com o aumento do índice de inflação você é obrigado a aumentar a taxa de juros. O efeito rebote pode ser prejudicial”.

*Com informações do repórter Álvaro Nocera

Fonte: Jovem Pan

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