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Maceió

Prefeito JHC mantém silêncio sobre R$ 1,7 bilhão da Braskem para atender população dos bairros que estão afundando em Maceió

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Cinco anos se passaram sem que a administração do prefeito JHC, de Maceió, de forma concreta, solucionasse os prejuízos causados as famílias e comerciantes dos cinco bairros afetados pelo afundamento do solo.

Chama a atenção que em 20 de julho deste ano, conforme textos divulgados para a imprensa pela Secretaria de Comunicação do município, a Braskem, empresa acusada pelo caos nos bairros sob o perigo de afundamento e hoje com risco de colapso, teria firmado com a administração de JHC um acordo que garantia à cidade a indenização de R$ 1,7 bilhão pelo ressarcimento em razão de afundamento. Ainda, à época, segundo a Secom do município, o dinheiro seria destinado à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).

O pagamento foi "reconhecido e declarado pelo prefeito JHC como suficiente para sua reparação integral, englobando compensação, indenização, honorários e/ou ressarcimento por todos e quaisquer danos diretos e indiretos, patrimoniais e extrapatrimoniais". A decisão determinava que quaisquer custos "presentes e futuros" seriam abrangidos pelo acordo.

O desastre ambiental afetou cerca de 55 mil pessoas, que foram obrigadas a deixarem suas residências ou comércios. Ao todo, 14 mil imóveis foram desocupados. O afundamento e o aparecimento de rachaduras no solo atingiram os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e parte do Farol.

Ainda dizia a prefeitura que a Braskem teria que adotar as medidas necessárias para estabilização e o monitoramento da região conforme regras aprovadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

Porém, até o momento não se sabe oficialmente, se a empresa repassou o valor a prefeitura ou em que o dinheiro foi empregado.

Com o risco de colapso da mina 18, localizada no bairro do Mutange, que levou o prefeito de Maceió decretar estado de emergência em Maceió por 180 dias, moradores de outro bairro, o Bom Parto, foram incluídos em um novo programa de realocação, sendo exigido que a maioria deixasse as casas ou fechasse seus comércios.

O perigo, que ganhou a imprensa levou o governador Paulo Dantas (MDB), o presidente da Câmara Federal deputado Arthur Lira (PP), e o ministro Renan Filho trazerem para Maceió ministros e autoridades nacionais a fim de estudarem o problema e darem respostas a população. Ao mesmo tempo Paulo Dantas já agendou para esta semana um encontro com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin.

Com a repercussão do caso, sem a prefeitura ter um planejamento de emergência para o turismo, gerentes de hotéis e donos de pousadas em Maceió confirmam que muitos hospedes cancelaram suas vindas neste final de ano. Outros, que já estavam em Maceió, anteciparam suas saídas.

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