O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) voltou a se manifestar, nesta sexta-feira, 01, sobre o risco "iminente" de colapso de uma mina da Braskem, em Maceió. Para o emedebista, o Município ''minimizou'' os ''crimes'' cometidos pela empresa.
''Maceió vive há seis anos aterrorizada com frequentes abalos e realocações coercitivas, ampliação das fendas e tremores. Isso não começou ontem, não foi da noite para o dia. A Prefeitura de Maceió o tempo todo minimizou os crimes da Braskem. Alegava não haver mais riscos para a sociedade. Mentiu, evidentemente! Fez um acordo com a Braskem e com o Ministério Público (MPAL), deu quitação plena para a empresa. Entregou ruas, praças públicas, e os terrenos dos bairros afetados, para uma posterior utilização no mercado imobiliário'', destacou Calheiros.
Renan ainda ressaltou que uma das minas, a de número 18, está para colapsar e que o acordo ilegítimo entre a Braskem, MPAL e o Município, excluiu o estado, outras cidades e ignorou as vítimas.
''Até hoje, elas não viram um centavo dos 1.7 bilhões, pagos pela Braskem à Prefeitura de Maceió. Só agora, tardiamente, admitem que o problema que negaram, e é como vocês veem, gravíssimo! Criamos a CPI da Braskem em outubro, com o apoio de 45 senadores'', contou o senador.
Calheiros disse também que estão aguardando os líderes, para indicarem os representantes da comissão da CPI. E que é ''surreal que, no momento que o mundo discute, os problemas ambientais, em uma conferencia mundial, a COP 28, Alagoas seja vítima, de uma ação criminosa de uma mineradora, que continua impune'', finalizou.