No Boletim Macrofiscal, divulgado nesta terça-feira, 21, pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 foi reajustada para 3%, 0,2 pontos percentuais menor do que estava previsto. A projeção do governo também recuou para 2024, indo de 2,3% para 2,2%. De acordo com o boletim, a mudança reflete o aumento das incertezas no cenário global, a desaceleração do crescimento chinês e a perspectiva de manutenção dos juros americanos em alto patamar. Durante a divulgação, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, considerou as projeções para o crescimento “razoavelmente estáveis”. A última edição do Boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que mede as expectativas do mercado, apontou crescimento do PIB de 2,85% em 2023 e 1,5% em 2024.
Em relação à inflação, o governo passou a projetar uma alta de 4,66% do IPCA em 2023. Última projeção era de 4,85%. A justificativa para o reajuste foi de que o processo de desinflação ocorre de maneira mais rápida do que o projetado anteriormente. A nova estimativa está dentro do teto da meta de 4,75% para 2023. “Ano que vem nós ensaiaremos um processo de convergência para aproximar a inflação verificada do centro da meta, estabelecido em 3%”, declarou Guiherme Mello. Cenário positivo da inflação reforça a expectativa do BC de manutenção dos cortes na taxa básica de juros (Selic).
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto
Fonte: Jovem Pan