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Polícia

Irmão de JHC, prefeito de Maceió, é preso suspeito de agredir a noiva

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As corregedorias da Polícia Civil e da Polícia Militar devem investigar como aconteceu e o desenrolar de um caso de violência doméstica (homem agredindo mulher), que envolve pessoas da sociedade de Alagoas.

O caso foi registrado na noite deste sábado (18) e envolve o irmão do prefeito de Maceió, JHC, o médico João Antônio Holanda Caldas, o "Dr. JAC" ou "Dr JHC", como ficou conhecido nas eleições de 2022, quando ele foi candidato – e perdeu – a deputado federal.

Confirme o Boletim de Ocorrência número 00148827/2023, confeccionado na Central de Flagrantes, em Maceió, pelo delegado plantonista Antônio Henrique Pinto de Farias, o irmão de JCH chegou na delegacia acompanhado de policiais militares. Até então ele era suspeito de agredir fisicamente a noiva, a cirurgião-dentista Isadora Martins. O fato teria acontecido na residência do suspeito, no bairro da Jatiúca. Policiais que estavam de plantão e acompanharam o depoimento do irmão de JHC, afirmam que ele chegou nervoso, mas foi acalmado por um delegado da Civil, que estava fora do horário de trabalho e que chegou a Central de Flagrante antes do suspeito. O mesmo delegado recebeu o irmão de JHC e após alguns instantes de conversa em reservado, o suspeito ficou mais calmo e aceitou ser ouvido pelo delegado plantonista, que o interrogou na presença do colega, que minutos antes havia recebido o irmão do prefeito de Maceió no estacionamento da delegacia. O irmão do prefeito negou a acusação.

Cerca de duas horas mais tarde chegava a vítima na Central de Flagrantes, acompanhada de um oficial da Polícia Militar, lotado na assessoria militar da Prefeitura de Maceió.

O mesmo oficial, logo após a denúncia de agressão envolvendo o irmão de JHC, foi até a casa do suspeito, onde lá já estava uma guarnição da Polícia Militar, acionada via Copom, após a noiva do irmão do prefeito de Maceió pedir ajuda. Ela alegou que precisava viajar para Goiás neste sábado e necessitava de algumas roupas e objetos pessoais e que o noivo não aceita a viagem dela.

Na Central, levada para a Sala Lilás e em depoimento a uma policial feminina, Isadora Martins, negou que fosse vítima de agressão pelo noivo. Segundo ela toda a situação teria sido causada por chegar na casa do suspeito e querer apanhar alguns de seus pertences que estavam em um dos quartos da casa e o irmão de JHC, aparentemente nervoso, não aceitar. Teria havido a partir daí, conforme a vítima, um desentendimento entre o casal e ela nervosa ligou para a polícia.

Como detalhe, consta no BO, que os militares ao chegarem na residência do irmão do prefeito, constataram que ele estava dentro do quarto nervoso e que a fechadura do quarto estava quebrada.

Após o irmão de JHC ser ouvido e a suposta vítima negar a agressão, o casal foi liberado.

As corregedorias das duas instituições querem esclarecer toda a situação, uma vez que ainda existe a suspeita que a cena do crime (agressão) teria sido alterada por policiais com o intuito de desconfigurar o afronto a Lei Maria da Penha. Outra interrogação que deverá ser investigada pela PM é o porquê da presença na casa do irmão do prefeito, durante a ocorrência, de militares que integram a assessoria militar da Prefeitura. Já a PC pretende esclarecer o porquê da presença de um de seus delegados, aconselhando e acompanhado um suspeito de agressão a mulher, dentro da Central de Flagrantes.
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