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Alagoas

Ex-PM é condenado por estupro, feminicídio e tentativa de homicídio

Ele pegou 60 anos de reclusão; acusado sequestrou um casal, estuprou e matou a mulher e ainda tentou matar o namorado dela em local de mata na capital alagoana

Ex-policial foi condenado por estuprar e matar mulher e ainda tentar matar o namorado dela.
Ex-policial foi condenado por estuprar e matar mulher e ainda tentar matar o namorado dela.

O Tribunal do Júri condenou a 60 anos e 9 meses de reclusão o ex-soldado da Polícia Militar de Alagoas Josevildo Valentim dos Santos Júnior. Ele sentou ao banco dos réus acusado de estuprar e matar Maria Aparecida Pereira e ainda tentar assassinar o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto. O julgamento, que durou mais de 12 horas, ocorreu nesta quinta-feira (16), no Fórum Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió.

O ex-soldado irá cumprir pena em regime inicialmente fechado. Ele também foi condenado a pagar 25 mil a cada família pelos danos causados.

O Ministério Público de Alagoas (MPE-AL) denunciou o ex-soldado por feminicídio triplamente qualificado, estupro e tentativa de homicídio. A defesa alegou que o ex-policial tem problemas psiquiátricos. O crime ocorreu em Maceió, no dia 13 de julho de 2019.

Diante do júri, Josevildo Valentim dos Santos confessou e ainda detalhou os crimes, ao afirmar que atirou contra Agnísio porque ele se negou a fazer relação sexual com a namorada depois dela ter sido estuprada pelo PM.

Disse ainda que Maria Aparecida pediu para não ser morta e que ele afirmou para ela que não poderia deixá-la viva porque ela tinha visto o rosto dele. Agnísio afirmou que conseguiu sobreviver porque se fingiu de morto.

Ainda durante o julgamento, a defesa do PM alegou que o réu tinha desmaiado e não tinha condições de retornar ao tribunal, pedindo a suspensão do júri. O policial foi analisado por uma médica, mas esta atestou que ele estava bem e o júri prosseguiu.

Ele foi condenado a 60 anos de reclusão e deve cumprir a pena inicialmente em regime fechado. - Foto: MPE


O crime

No dia do crime, as vítimas estavam conversando à porta da casa de Aparecida, na Ponta Grossa, quando, de repente, o policial passou de carro e parou, mostrando um revólver calibre 38 para as duas. Em seguida, ele teria ordenado que os dois entrassem no carro. Agnísio foi colocado na mala e Aparecida foi no banco do passageiro.

O policial seguiu com as vítimas no interior do veículo até um local ermo, onde ele estuprou Aparecida sob a mira de uma arma. Agnísio foi mantido na mala do automóvel.

Após o estupro, o policial tirou Agnísio da mala do carro e teria mandado que a mulher praticasse sexo oral nele. Nesse momento, de acordo com o inquérito, o PM atirou contra Aparecida, que caiu e morreu no local.

Logo em sequência, o PM teria atirado também contra o homem, que caiu e fingiu estar morto. Consta na denúncia que, na manhã do dia seguinte, por volta das 7h10, o policial voltou à cena do crime para atestar o óbito das vítimas, quando se deparou com uma ambulância e foi embora.

Ele foi reconhecido pela vítima sobrevivente. Em cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva, a Polícia Civil encontrou e apreendeu, na residência do militar, o par de sandálias utilizadas por Aparecida, além de estojos de munições deflagradas no assassinato.

Em depoimento à polícia, o militar confessou os crimes. A esposa do acusado informou, também em depoimento, que ele já havia contado todo o crime para ela.

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