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Política

Collor bloqueia jornalista alagoana após cobrança de direitos trabalhistas

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A jornalista alagoana Priscila Anacleto, de 29 anos, foi bloqueada pelo senador Fernando Collor no Twitter e no Instagram, após cobrar um posicionamento quanto ao pagamento das verbas trabalhistas de centenas de funcionários demitidos da Organização Arnon de Mello (OAM), entre os anos de 2018 e 2020. O senador é o principal acionista das empresas pertencentes à OAM.

Priscila, que atualmente mora em Arapiraca, no Agreste do estado, trabalhou para a TV Gazeta (Afiliada Globo em Alagoas) entre os anos de 2011 e 2019, onde entrou como estagiária e foi contratada para trabalhar como produtora de pauta na Sucursal, que ficava na Capital do Agreste.

A jornalista foi demitida, junto com vários outros profissionais, após aderir a uma greve histórica que lutou contra a redução de 40% do piso salarial categoria. Na época, a sucursal da TV Gazeta em Arapiraca foi fechada.

Dos quase 5 anos de carteira assinada, onde também exercia a função de repórter e outras funções, Priscila recebeu apenas um mês de FGTS, e briga na justiça para receber todos os outros direitos trabalhistas (Rescisão, FGTS, hora extra, dupla função, direito de imagem etc.).

Após quase dois anos da sua demissão, Priscila, assim como outros profissionais, usam as redes sociais para cobrar um posicionamento do senador no Twitter, Instagram e Facebook. Na última postagem em que comentou, onde Fernando Collor anunciava o sorteio de "Um dia com Collor", a jornalista afirmou que trocava o "prêmio" pelas verbas trabalhistas a que tem direito e ficou surpresa ao receber uma "reação de choro" do perfil oficial do senador.

Ainda não há data para o caso ser julgado. Por causa da pandemia do novo coronavírus, o processo está mais lento que o normal. Recentemente, a Justiça adiou para abril uma audiência entre Priscila e a TV Gazeta, que inicialmente marcada para abril de 2020 e que já havia sido adiada para março de 2021.





O marido dela e também jornalista Tony Medeiros, também participou da luta sindical. Ele não poderia ser demitido, por ser dirigente do Sindicato dos Jornalistas Alagoanos (Sindjornal). Mas após acordo com a empresa, encerrou o vínculo trabalhista e aguarda decisão da justiça.

Além da luta para fechar um acordo, o casal, assim como centenas de outros profissionais, terá que esperar o resultado da Assembleia Geral de Credores para saber se e quando vai receber.

Enquanto isso, o senador segue posando de influencer, "interagindo com o público" e tentando aparecer ainda mais nas costas de quem, de fato, está trabalhando por Alagoas, como é o caso do Secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, que vem desenvolvendo um excelente trabalho no combate a criminalidade, com operações integradas que estão desarticulando organizações criminosas no estado.

Ele ainda discutiu com Bruno Gagliasso, porque o ator trouxe a tona discordâncias em relação a decisão do atual presidente Bolsonaro, que convidou para ser seu conselheiro econômico aquele que um dia se auto intitulou caçador de marajás.




Para quem não lembra, os planos econômicos de Collor foram um desastre para a população brasileira, levando muitas famílias a bancarrota e a falência, ao realizar uma das medidas mais traumáticas na memória do brasileiro: o confisco da poupança. O então presidente, foi derrubado por um processo de impeachment em 1992.

Além de ser senador e conselheiro econômico, Fernando Collor é ainda alvo de várias operações da Polícia Federal.

Recuperação judicial ou falência

De acordo com a matéria "Contra falência, empresas de Collor tentam renegociar dívidas de R$ 582 mi" do Jornalista Carlos Madeiro, do UOL, "administradores indicados pela Justiça levantaram uma dívida da OAM com 501 credores em um valor total de R$ 66,3 milhões. Eles decidirão, em assembleia nos próximos meses, o destino do grupo, que inclui, entre outros veículos de comunicação, a afiliada da TV Globo no estado.

Os débitos apurados com credores, porém, são apenas a ponta de um iceberg de uma dívida gigantesca da OAM. Ainda segundo os administradores, existe um débito acumulado no valor de R$ 177 milhões. O processo de recuperação judicial do grupo, pedido em setembro de 2019, engloba nove empresas. Caso a falência seja decretada, os credores passam a administrar a chamada massa falida para tentar viabilizar o pagamento das dívidas.

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