O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) autuou a Usina Santo Antônio e a empresa Pontas de Pedras Pescados do Brasil, nesta segunda-feira, 6, por lançamento de efluentes no rio Santo Antônio, na Barra de Santo Antônio, Litoral Norte de Maceió, em desacordo com as exigências estabelecidas pelas normas e leis ambientais. A autuação acontece após apuração sobre a mortandade de peixes no rio, que foi amplamente divulgada no último dia 24 de outubro.
O IMA afirmou que aplicou R$ 241 mil em multas e identificou ainda uma atividade de extração de areia às margens do rio. A usina foi multada em R$ 200 mil e a mepresa, em R$ 41 mil. Leia a nota na íntegra:
"Após os trabalhos se fiscalização e de coleta de amostras de água para identificar as causas da mortandade de peixes no Rio Santo Antônio, no município de Barra de Santo Antônio, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) autuou a Usina Santo Antônio e a empresa Pontas de Pedras Pescados do Brasil, que opera uma criação de camarões em cativeiro, por lançamento de efluentes no rio em desacordo com as exigências estabelecidas pelas normas e leis ambientais. Ao todo, as multas somam R$ 241 mil. Durante o trabalho de monitoramento no órgão, o IMA também identificou e autuou uma atividade de extração de areia às margens do rio".
Investigações - O Ministério Público Federal (MPF) expediu ofícios a serem cumpridos com urgência pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) APA Costa dos Corais. Além disso, foi requisitada a abertura de um inquérito policial pela Polícia Federal para investigar o incidente.
A Gerência de Laboratório do IMA esteve no local e colheu amostras, naquele mesmo dia 24, para análises microbiológicas e físico químicas. Na sexta-feira, 27, técnicos do laboratório e da fiscalização percorreram o rio de barco e usaram uma sonda para verificar a qualidade da água. O laboratório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) constatou, em laudo no dia 31, a presença de diversos compostos químicos altamente tóxicos nas águas do rio.
O pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, Emerson Soares, afirmou na ocasião que uma grande mancha espumosa foi visualizada no rio do litoral norte do Estado.