Assim que a fundação do Hamas foi anunciada, Mohammed Deif se juntou ao grupo terrorista palestino. Ele foi o engenheiro responsável por construir os túneis em que os combatentes do Hamas se infiltraram em Israel a partir de Gaza e promoveu a estratégia de lançar o maior número de foguetes contra o território israelense. As acusações mais graves contra Mohammed Deif inclui um planejamento e a supervisão de uma série de operações de vingança, responsável por produzir bombas, entre elas as que foram colocadas em um ônibus e que resultou na morte de cerca de 50 israelenses no início de 1996. Ele também é acusado de participar da captura e morte de três soldados de Israel em meados da década de 90. Os israelenses prenderam Mohammed Deif em 2000. No entanto, ele conseguiu escapar. Em uma das tentativas de matá-lo em 2002, Deif sobreviveu, mas perdeu um dos olhos. Israel também disse que ele teria perdido um pé e uma mão, além de ter dificuldade para falar devido aos ataques sofridos. Em 2014, durante a guerra iniciada por Israel na Faixa de Gaza, que durou mais de 50 dias, o exército israelense também não conseguiu matá-lo. Mas a esposa dele e dois dos seus filhos morreram. Por ter sobrevivido a todos esses ataques, Mohammed Deif ficou conhecido como “O Gato de Nove Vidas”.
Outro terrorista é Marwan Issa, conhecido como “O Homem das Sombras”, que é braço direito de Mohamed Al-Deif. Ele o vice-comandante-chefe das brigadas al-Qassam e membro do gabinete político e militar do Hamas. Yahya Ibrahim Al-Sinwar é outro líder do Hamas e chefe do gabinete político na Faixa de Gaza. Ele fundou o serviço de segurança do Hamas conhecido como “Majd”, que cuida da segurança interna, incluindo interrogatórios de suspeitos de colaborar com Israel. Esse órgão evoluiu para rastrear também os serviços de inteligência e segurança israelenses.
Abdullah Ghaleb Al-Barghouti nasceu no Kuwait em 1972 e mudou-se para a Jordânia após a Guerra do Golfo, em 1990. Ele obteve a cidadania jordaniana e depois estudou engenharia eletrônica em uma universidade sul-coreana por três anos, quando aprendeu a fabricar explosivos. Ele não concluiu os estudos porque conseguiu uma permissão de entrada na Palestina. Abdullah trabalhou na produção de artefatos explosivos, detonadores e substâncias tóxicas. Ele criou uma fábrica especial para produção militar em um armazém em sua cidade. O número total de mortos nas operações coordenadas e dirigidas por Abdullah passa de 66 israelenses, além de 500 feridos.
Ismail Haniyeh, também conhecido como “Abu Al-Abd”, nasceu num dos campos de refugiados palestinos. Ele é o chefe do gabinete político do Hamas e foi primeiro-ministro do décimo governo palestino, entre 2006 e 2007. Khaled Meshaal é considerado um dos fundadores do Hamas e é membro do seu gabinete político desde a sua criação. Ele assumiu a presidência do gabinete político do Hamas, entre 1996 e 2017, e foi nomeado líder após a morte do xeque Ahmed Yassin, em 2004. Já Mahmoud Al-Zahar, filho de pai palestino e mãe egípcia, nasceu em 1945 na cidade de Gaza e viveu os primeiros anos da infância na cidade de Ismailia, no Egito. Ele teve sua educação primária, média e secundária em Gaza. Al-Zahar recebeu o diploma de bacharel em medicina geral. Após se formar, ele trabalhou como médico em hospitais em Gaza até que as autoridades israelenses o demitiram devido às suas posições políticas.
O grupo libanês é considerado terrorista e ofereceu apoio ao Hamas. Fontes libaneses confirmaram que houve tentativa de infiltração em Israel pelo Hezbollah. Depois que o Hamas venceu as eleições legislativas de 2005, Al-Zahar serviu como ministro das Relações Exteriores no governo do primeiro-ministro Ismail Haniyeh — até que o então presidente Mahmoud Abbas anunciou a dissolução do governo. Israel tentou assassinar Al-Zahar em 2003 com uma bomba de meia tonelada lançada de um avião F-16 sobre a casa dele, na cidade de Gaza. Contudo, acabou matando o filho mais velho dele, Khaled. Em 15 de janeiro de 2008, o segundo filho dele, Hossam, que era membro das brigadas Al-Qassam, foi morto junto com outras 18 pessoas numa ofensiva aérea israelense no leste de Gaza. Al-Zahar escreveu obras intelectuais, políticas e literárias, incluindo “O Problema da Nossa Sociedade Contemporânea… Um Estudo do Alcorão e Sem lugar sob o Sol”, em resposta ao livro “O discurso político islâmico”, de Benjamin Netanyahu.
*Com informações do repórter David de Tarso.
Fonte: Jovem Pan