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Faixa de Gaza

Hamas diz que "é muito cedo" para falar sobre libertação de reféns e rejeita abertura de corredor humanitário

Osama Abu Khaled, funcionário de um escritório do Hamas, disse nesta quinta-feira, 12, que ainda é muito cedo para falar sobre liberar os reféns, porque Israel não parou os bombardeios na Faixa de Gaza, pelo contrário, intensificou e ameça lançar uma ofensiva ainda maior.

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Osama Abu Khaled, funcionário de um escritório do Hamas, disse nesta quinta-feira, 12, que ainda é muito cedo para falar sobre liberar os reféns, porque Israel não parou os bombardeios na Faixa de Gaza, pelo contrário, intensificou e ameça lançar uma ofensiva ainda maior. “É muito cedo para falar sobre a questão dos prisioneiros sem antes parar a agressão na Faixa de Gaz”, disse Khaled, que também informou que a organização está “fazendo contatos com todas as partes interessadas para acabar com a agressão”, mas não deu mais detalhes sobre o assunto. No dia 7 de outubro, o Hamas realizou um ataque sem precedentes em território israelense. O conflito já deixou mais de 2.800 mortos de 423 mil refugiados internos em Gaza, que sobre com falta de água, comida e energia, já que o governo de Israel cortou o fornecimento na segunda-feira e implantou um cerco total na região.

Abu Khaled disse que o Hamas continua a pedir às organizações humanitárias que “forneçam ajuda urgente e rápida”, além de combustível e outros produtos básicos diante do bloqueio israelense à Faixa de Gaza, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão à beira de uma catástrofe humanitária, contudo, reiterou que o movimento islâmico, que controla Gaza desde 2007 e está em guerra com Israel há seis dias, rejeita a abertura de um corredor humanitário como “destinado a forçar o deslocamento” dos habitantes de Gaza. “O povo palestino, com toda a sua força, homens, mulheres, crianças e idosos, prefere morrer a deixar sua terra e suas casas. O que é necessário é que as organizações humanitárias tenham permissão para entrar”, alegou. O Brasil, que atualmente preside o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), convocou para sexta-feira, 13, uma reunião para discutir as questões humanitárias na Faixa de Gaza e debater sobre possíveis resoluções para o conflito.

Em Gaza, mais de 1.400 pessoas foram mortas e 6.049 ficaram feridas pelos ataques aéreos israelenses de retaliação pelo ataque realizado pelo Hamas, e os hospitais estão sem eletricidade e com extrema necessidade de materiais. As negociações continuam entre Egito e Estados Unidos sobre a ajuda humanitária a Gaza e a transferência de feridos que precisam de tratamento no Egito, assim como sobre uma trégua proposta pelas autoridades egípcias. O número de pessoas dentro da Faixa de Gaza que tiveram que deixar suas casas devido ao conflito ultrapassou 423 mil, sendo 84 mil em apenas 24 horas, informou hoje o Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária da ONU (OCHA).

*Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan

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