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Alberto Núñez Feijóo

Líder de direita da Espanha perde 1ª votação para assumir o governo

Alberto Núñez Feijóo, líder de direita do conservador Partido Popular (PP), perdeu a primeira votação, realizada nesta quarta-feira, 27, para tomar posse como presidente do governo da Espanha.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

Alberto Núñez Feijóo, líder de direita do conservador Partido Popular (PP), perdeu a primeira votação, realizada nesta quarta-feira, 27, para tomar posse como presidente do governo da Espanha. O fracasso anunciado dá início a uma contagem regressiva de dois meses para que outro candidato tente reunir apoio suficiente e assuma o poder, antes da eventual convocação de novas eleições legislativas. Feijóo recebeu nesta quarta-feira 178 contrários e apenas 172 favoráveis, procedentes dos deputados de sua legenda, o Partido Popular (PP), da formação de extrema-direita Vox e de dois partidos pequenos. Para ser eleito na primeira votação, ele precisava do apoio da maioria absoluta do Congresso dos Deputados, 176 votos de 350.

Feijóo se submeterá a uma nova votação na próxima sexta-feira, 29, para tentar a posse e desta vez bastaria uma maioria simples, ou seja, mais votos a favor do que contra, embora em princípio também não tenha votos suficientes. O líder conservador não conseguiu obter apoio suficiente mais de um mês depois de ter sido indicado para tentar tomar posse pelo chefe de Estado, o rei Felipe VI. Núñez Feijóo, cujo partido conquistou o maior número de votos nas eleições do último mês de julho, obteve os votos do seu grupo, da legenda de extrema-direita Vox e de algumas formações regionalistas, insuficientes para alcançar a maioria absoluta de 176 na primeira votação no Congresso dos Deputados, Câmara baixa do Parlamento espanhol.

Se também fracassar nesta sexta, se abre a possibilidade de o atual presidente em exercício do governo espanhol, Pedro Sánchez, do partido socialista PSOE, ser indicado para tentar posse como o segundo mais votado nas eleições, com 121 assentos em comparação aos 137 do PP. Sánchez argumenta que consegue agregar mais apoios, incluindo os de formações de esquerda como Sumar e grupos independentistas catalães e bascos, entre outros, que apoiaram os socialistas para assumirem a presidência do Congresso no último mês de agosto, mas mesmo assim alertaram que não se trata de um apoio garantido para a posse. Otimista sobre a possibilidade de permanecer à frente do governo, Sánchez, que indultou em 2021 os independentistas condenados à prisão pela tentativa frustrada de secessão em 2017, ainda não se pronunciou publicamente sobre uma possível anistia, nem esta semana no Parlamento, onde cedeu sua oportunidade de discursar a outro deputado socialista para responder a Feijóo.

Se nenhum dos candidatos obtiver os votos necessários, a Espanha será forçada a realizar novas eleições no próximo mês de janeiro. Feijóo centrou seu discurso como candidato à posse em uma possível anistia que Sánchez poderia acordar com os independentistas catalães para obter seu apoio, o que anularia os processos judiciais que se seguiram à declaração unilateral de independência da região da Catalunha em 2017. O líder do PP reiterou que se tomar posse como presidente não haverá anistia nem referendo de autodeterminação na Catalunha acordado com o governo espanhol, ao contrário do que estes grupos independentistas têm exigido.

*Com informações das agências internacionais

Fonte: Jovem Pan

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