Estudantes de direito da Universidade de São Paulo (USP) decidiram aderir à greve iniciada na última semana pelos departamentos de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. A decisão foi feita durante assembleia realizada nesta segunda-feira, 25, com a presença de 630 estudantes. A paralisação dos estudantes reivindica a contratação tanto de professores como de servidores, além de investimentos na estrutura da universidade. Os estudantes também pedem melhoras no funcionamento do bandejão e na política de permanência estudantil. De acordo com publicação do Centro Acadêmico 11 de Agosto, aulas, provas e entregas de trabalhos estão canceladas. A entrada dos estudantes no local está permitida apenas para atividades de greve e aulas online estão expressamente proibidas. Foram marcados atos de greve para domingo, 1º, e uma nova assembleia será realizada na segunda-feira, 2.
Em nota, a reitoria da USP afirmou que “respeita a autonomia do movimento estudantil e acolhe o diálogo com serenidade e respeito. Ao mesmo tempo, reafirma que mantém em curso o que pode ser definido como o maior esforço já empreendido por esta Universidade para a contratação de docentes. Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas. Ao final desse esforço, a USP terá o mesmo número de professores e professoras de 2014”. Na quinta-feira, 28, será realizada uma reunião de negociação da reitoria na Cidade Universitária. Na sexta-feira, 29, também será realizada uma assembleia-geral da universidade. A greve de alunos da USP teve início em 21 de setembro e têm promovido mobilizações contra a falta de professores na instituição.
Fonte: Jovem Pan