A agência norte-americana de classificação de risco Fitch Ratings anunciou nesta quarta-feira, 26, a elevação da nota de crédito do Brasil de “BB-” para “BB”, com “perspectiva estável”. A atualização reflete a “performance macroeconômica e fiscal melhor do que o esperado”, afirmou a agência em comunicado, que também cita a consolidação de reformas e boas expectativas com a condução de políticas econômicas pelo novo governo. “Apesar de tensões políticas persistentes desde a redução da nota em 2018, o Brasil progrediu em importantes reformas rumo a desafios econômicos e fiscais”, afirma a nota.
A Fitch pondera que o “presidente esquerdista” Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem posições que se afastam da agenda econômica liberal de presidentes anteriores, mas diz esperar do novo governo “pragmatismo” e apoio ao setor privado. O comunicado da agência também cobra “novas regras fiscais e medidas tributárias para ancorar uma consolidação gradual”.
A agência projeta que a relação entre dívida e PIB do país cresça, mas “a um ritmo mais lento e de um ponto de partida muito melhor que o antes previsto”. A agência vê os ratings do Brasil apoiados por “sua economia grande e diversa”, renda per capita elevada, e por mercados domésticos arraigados e um grande colchão financeiro, que apoiam a flexibilidade do financiamento soberano e sua parcela elevada de dívida em moeda local”. O comunicado diz ainda que os ratings são apoiados por capacidade de absorver choques, apoiada por um câmbio flexível, reservas internacionais “robustas” e uma posição de credor externo líquido soberano. Por outro lado, eles são contidos pela alta dívida do governo, pela rigidez fiscal, pelo potencial de crescimento “fraco” e por métricas de governança “relativamente baixas”.
* Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: Jovem Pan