Em meio a mais uma semana de recesso no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), a semana em Brasília será novamente marcada por temas laterais e com foco na agenda econômica. Na terça-feira, 25, a expectativa é pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – considerada a prévia da inflação. Entre economistas ouvidas pela reportagem, a estimativa é de que o novo reporte não aponte ainda para uma deflação no país. “Mas nada que abale a decisão do Banco Central de baixar os juros. Já tivemos bons resultados e uma inflexão na inflação, os números parciais já refletem isso. A expectativa é de fechar o ano na casa dos 3%, o que é muito baixo para um país emergente”, explica o economista-chefe da Valor Investimentos, Piter Carvalho, ao site da Jovem Pan. Já na quinta-feira, 27, será divulgado o Índice de Preços ao Produtor (IPP), enquanto na sexta-feira, 28, será a vez do IGP-M atualizado, com sinalização de nova deflação, estima a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para encerrar a semana na economia, haverá ainda a divulgação da taxa de desemprego, estimada em 8,30% da força de trabalho em julho, ante 8,68%, na edição anterior do relatório do Prisma Fiscal, da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
No campo político, o destaque fica para as negociações de ministérios e cargos de segundo e terceiro escalões por Lula e membros do Centrão. Inicialmente, a expectativa era que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunisse na última sexta-feira, 21, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para tratar sobre a minirreforma na Esplanada dos Ministérios. Entretanto, sem acordo sobre substituições e espaços para abrigar os partidos de centro, o encontro foi adiado. Como o site da Jovem Pan mostrou, ainda que o líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), tenha afirmado que a entrada do Progressistas e do Republicanos no governo "está consolidada", não há consenso sobre o tema. O próprio presidente Lula também antecipou que vai se reunir para discutir a minirreforma “no momento adequado” e sem a pressão dos líderes. “Nós temos interesse em trazer esses partidos para dar tranquilidade à nossa governança dentro do Congresso. Mas quem discute ministro é o presidente da República. Não é o partido que pede ministério. É a República que oferece”, disse Lula, em recado frente às pressões.
Fonte: Jovem Pan