O secretário de Estado de Governo, Vitor Pereira, anunciou nesta terça-feira (11) que Alagoas vai criar um comitê reunindo todos os prefeitos atingidos pelas cheias para discutir as chamadas obras estruturantes que podem minimizar os efeitos das enchentes. O comitê, determinado pelo governador Paulo Dantas, será constituído nos próximos dias e contará com a participação de várias secretarias estaduais.
De acordo com Vitor Pereira, a principal função do comitê, que será coordenado por ele, é articular as ações e os investimentos para melhorar a infraestrutura dos municípios, em conjunto com as obras que serão realizadas pelo Governo Federal. "Vamos juntar todos os prefeitos das cidades que recorrentemente sofrem com as cheias para discutir as obras e ações que possam reduzir consideravelmente os efeitos das enchentes", afirmou. "Mas é importante que os prefeitos fiquem atentos às ocupações nas áreas de rios e lagoas. As enchentes de 2010 e do ano passado ensinaram que as residências precisam ficar distantes dos cursos d"água".
Segundo o secretário, o decreto que estabelece os critérios para distribuição de recursos para o atendimento de emergência aos municípios será publicado nos próximos dias. "Estamos em contato com o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Hugo Wanderley, e os demais prefeitos para definir os detalhes. Precisamos que as prefeituras enviem os dados à Defesa Civil estadual para que esses dados se transformem em ajuda a quem precisa, com a compra de água, colchões e mantimentos de primeira necessidade".
Comitê Interestadual
Vitor Pereira enfatizou, no entanto, que a resolução para o problema das enchentes passa pela realização de grandes obras que devem ficar a cargo do Governo Federal. Para isso, um comitê interestadual será criado pela União envolvendo técnicos, secretários e os governos de Alagoas e Pernambuco. "É preciso a união dos dois estados para resolver esse problema, porque as bacias dos rios estão conectadas. O que acontece em Pernambuco reverbera aqui em Alagoas", explica o secretário. "São obras que custam cerca de R$ 3 bilhões, e só o Governo Federal tem condições de fazer esse investimento".
Vitor enfatiza que essa união só é possível graças ao novo momento em que o país vive, após a posse do presidente Lula. "A vinda dos ministros a Alagoas aponta um novo rumo político no Brasil. Uma integração total entre todos os níveis de governança do Estado brasileiro. É esse novo status político que temos que enaltecer. Nos últimos quatro anos, tudo que era feito pelos estados e municípios era desprezado pelo governo federal", disse.