O governo federal decidiu liberar mais R$ 300 milhões para o programa de carros mais baratos. Interlocutores ouvidos pelo site da Jovem Pan afirmam que "o sucesso do programa fez com que os recursos disponíveis fossem utilizados quase integralmente em 15 dias", o que justificaria a nova rodada de recursos. De acordo com painel do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o programa de incentivo ao setor automobilístico já utilizou 84% dos créditos tributários concedidos para a aplicação de descontos ao consumidor na categoria carros, com as montadoras usufruíram R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões inicialmente disponibilizados. Com a nova rodada de valores, o total do programa subirá para R$ 800 milhões. A duração máxima da iniciativa continuará sendo de quatro meses.
Como o site da Jovem Pan mostrou, o anúncio de medidas para baratear o custo de automotores, incluindo carros populares, automóveis de carga e ecológicos, aconteceu no início do mês. O projeto prevê R$ 1,5 bilhão em crédito para reduzir os valores dos veículos, sendo R$ 500 milhões para carros populares, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O desconto mínimo para veículos até R$ 120 mil será de 1,6% e o máximo será de 11,6%. Segundo o programa, a redução será para valores em dinheiro, com a dedução mínima de R$ 2 mil e máxima de R$ 8 mil. O menor crédito para caminhão ou ônibus será R$ 33,6 mil e o máximo será de R$ 99,4 mil. Contudo, para receber a dedução, é preciso apresentar um ônibus ou caminhão licenciado com mais de 20 anos de uso que tenha sido encaminhado para reciclagem. Os valores serão abatidos no momento da compra junto à concessionária.
Até o momento, entre as montadoras, os recursos foram distribuídos da seguinte forma: R$ 190 milhões para a FCA Fiat Chrysler; R$ 60 milhões para a Volks; R$ 50 milhões para a Peugeot Citroen; R$ 50 milhões para a Renault; R$ 40 milhões para Hyundai; e o restante distribuído em cotas de R$ 20 milhões e R$ 10 milhões para outros marcas. Não houve alteração em relação à quantidade de versões e modelos disponibilizados. Foram utilizados R$ 100 milhões para caminhões (ou 14% dos R$ 700 milhões disponíveis) e R$ 140 milhões para ônibus (ou 46% do dos R$ 300 milhões disponíveis). Dos R$ 1,5 bilhão previstos, já foram disponibilizados R$ 660 milhões, 44% do valor.
Fonte: Banda B