Um paciente que sofria um infarto, mas foi diagnosticado com gastrite na UPA da Cidade Universitária, em Maceió, morreu no Hospital Geral do Estado (HGE).
De acordo com o filho da vítima, o homem deu entrada na UPA por volta das 9h30 da quinta (26). Ele apresentava fortes dores no peito e falta de ar, além de estar "suando frio".
Chegando lá, foi feito o procedimento de triagem. Logo após, encaminhado para realizar o exame de eletrocardiograma, onde foi constatado pela enfermeira que realizou o procedimento uma alteração no exame, sendo que ela afirmou que quem daria o diagnóstico seria o médico da área vermelha, setor este que meu pai foi encaminhado", disse o parente.
"O médico, após analisar o resultado do exame afirmou que não teve nenhuma alteração e que meu pai iria ficar sob observação, pois estava com uma possível gastrite. Logo após, o médico receitou 3 remédios injetáveis (buscopan, petprazo e domperidona) para meu pai tomar. Ele ficou na área vermelha sentindo ainda fortes dores no peito, mesmo assim foi dado alta às 21hs do mesmo dia".
Para tomar em casa, o médico receitou buscopan composto e domperidona. O paciente foi levado para casa e vomitou bastante durante a madrugada, enquanto seguia com as dores, acompanhadas de falta de ar.
Às 6h20 da sexta (27), as dores se intensificaram e ele tomou o buscopan composto, mas não houve melhoras. Com isso, o homem foi levado para a UPA mais uma vez, mas se deparou com a ausência de maqueiro ou enfermeiros, pois eles estariam tomando café naquele momento, segundo a recepcionista.
"Coloquei ele na cadeira de rodas, levei ele até a área vermelha e, ao chegar lá, estava o mesmo médico plantonista do dia anterior. O médico não fez o primeiro atendimento e iria repassar um eletrocardiograma novamente, mas como vimos que o quadro estava muito grave, imploramos para que ele fizesse um encaminhamento para o HGE, onde ele teria médicos e equipe especializada para descobrir o problema do meu pai", afirmou.
Horas foram perdidas e o médico resolveu chamar uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após muitos pedidos. Os socorristas chegaram em minutos e constataram imediatamente que se tratava de um infarto.
"Perguntaram para o médico da UPA se ele já tinha cadastrado o paciente no sistema de regulamentação de emergência, onde foi respondido que não pois achava que não tinha necessidade".
O médico do Samu repassou informações para o HGE sobre o estado de saúde do paciente, que chegou ao hospital rapidamente. O paciente fez o cateterismo para desobstruir as artérias, mas acabou falecendo por conta da demora em receber o atendimento correto enquanto estava na UPA.
"Diante disto, venho relatar a falta de médico competente para a frente de uma urgência e emergência na UPA que não soube de imediato identificar os sintomas de infarto. Meu pai era um cara muito bom, coração enorme, sepultamento dele tava lotado hoje, perdemos ele por negligência médica", desabafa o filho.
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