Mais um caso de meningite foi confirmado em uma escola do bairro Farol, em Maceió, pela Secretaria Municipal de Saúde. Desta vez, o paciente é um aluno de uma escola particular e foi diagnosticado nessa quarta-feira (29). Ao todo, já foram notificados nove casos de meningite este ano na capital.
Dos nove casos confirmados, dois são de meningite meningococemia, dois de meningite pneumococo e cinco de meningites não especificadas. O caso mais recente é do tipo meningococemia.
O quadro de saúde da criança não foi divulgado. A escola informou que não houve suspensão das aulas e que os alunos e outras pessoas que tiveram contato com ele receberam a devida profilaxia.
Já a Secretaria de Saúde de Maceió informou que "adotou todas as medidas de Vigilância em tempo oportuno, como a profilaxia dos contatos mais próximos e prolongados, com administração de medicação, assim como o monitoramento dos contatos com o caso confirmado".
Doença grave e rápida
Considerada rara, a doença meningocócica invasiva (DMI) evolui de forma rápida e chega a causar a morte de um em cada dez pessoas que a contraem, deixando duas com sequelas físicas e neurológicas graves.
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono e inverno e das virais na primavera e verão.
A vacinação é a forma mais eficaz de evitar a infecção. Sete vacinas são recomendadas e estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) nas mais de 49 mil salas de vacinação espalhadas por todo o País.