Os seis agentes do Complexo Socioeducativo de Alagoas, que precisaram de socorro médico depois de passarem mal durante uma refeição servida na unidade de ressocialização, na última terça-feira (28), estiveram na sede da 5ª DP, onde prestaram depoimento à polícia nesta terça-feira (07).
Em entrevista ao TNH1, o delegado Odemberg Paranhos, titular da 5ª DP, que está à frente das investigações, contou que alguns agentes disseram que eles já tinham conhecimento de "objetos estranhos" durante refeições servidas na unidade de ressocialização.
"Alguns agentes disseram, durante depoimento prestado na manhã de hoje, na 5ª DP, que receberam imagens de objetos estranhos na comida servida pela empresa responsável pela alimentação da unidade prisional, como, por exemplo, fios de cabelos e alimentos com colorações diferentes", explicou Odemberg.
Ainda segundo o delegado, há indícios que apontam a autoria do crime, porém ainda não existem elementos suficientes para apontar o responsável pelo ato criminoso.
"Ainda estamos colhendo depoimentos, para descobrir o responsável ou responsáveis por essa tentativa de envenenamento dos agentes. Ainda não sabemos se o ato foi uma tentativa de represália, fuga ou rebelião, ou se apenas foi um ato isolado. Porém, devemos ouvir outras testemunhas, bem como representantes da empresa que fornece a refeição à unidade de ressocialização. Temos suspeitas e indícios, mas ainda não existem elementos que corroboram essas suspeitas. É um caso que precisa ser esclarecido, pois o atentado poderia provocar algo ainda maior, como, por exemplo, ter resultado em mortes dos agentes", concluiu o delegado.
O caso - A rotina do Complexo Socioeducativo de Alagoas, localizado no Tabuleiro do Martins, foi abalada por uma suspeita de envenenamento. Seis agentes que trabalham na unidade precisaram de socorro médico depois de passarem mal ao ingerir um suco servido no refeitório durante o almoço, na última terça-feira (28).
Os agentes socioeducativos, todos do sexo masculino, foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro. Eles foram medicados, ficaram em observação e foram liberados em seguida. O caso deixou trabalhadores intrigados e um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado na Central de Flagrantes, no bairro Farol, para que a suposta tentativa de envenenamernto seja investigada.